Por Marily Miranda
É cada vez mais evidente a importância de uma gestão sustentável em todos os elos da cadeia produtiva do turismo. Especialmente, quando ação implementada atende aos três pilares do desenvolvimento sustentável. É ambientalmente responsável, socialmente justa e economicamente viável.
Resorts, hotéis e restaurantes, por exemplo, priorizam os investimento em gestão sustentável de resíduos orgânicos. Além dos ganhos ambientais, que agregam efetivo valor à imagem dos empreendimentos que prestam serviços de A&B, os softwares acoplados aos biodigestores são capazes de identificar a origem dos alimentos em descarte. Na prática, evitam desperdícios.
O Brasil gera, anualmente, mais de 80 milhões de toneladas de resíduos: quase 40% vai parar em lixões – depósitos irregulares e ilegais – e mais da metade é composta por resíduo orgânico – ou seja, restos de comida e outros materiais que aumentam o impacto no efeito estufa. Até 2030, a população mundial aumentará em 1,3 bilhão. Na medida em que aumenta, cresce a demanda por produtos e serviços, em especial de alimentos
Seguindo uma agenda ESG, e em linha com as tendências da cozinha 4.0, os empreendimentos com conectividade e tecnologia para otimizar fluxos internos, a exemplo dos hotéis La Torre, na Bahia, e Renaissance, em São Paulo, cumprem as normas sanitárias e asseguram um ambiente limpo e saudável, além de promoverem a conscientização e o engajamento de equipes e lideranças na busca por um #mundomaisvivo, com #aterrozero e #desperdíciozero.
“O uso de aterros para descarte de orgânicos está com seus dias contados, inclusive algumas cidades no Brasil já proibiram essa prática, a exemplo de Goiânia e Florianópolis. A agenda ESG cresce de forma consistente e em ritmo acelerado na hotelaria, assim como em hospitais, centros comerciais, refeitórios industriais, entre outras cozinhas profissionais”, informa Eduardo Prates, que é fundador da empresa Eco Circuito, especializada na matéria.
Ao trazer ganhos de higienização e redução de pontos críticos no processo, a automação libera a mão de obra para outras atividades e reduz o consumo e reposição de lixeiras, sacos de lixo ou materiais de limpeza. O impacto na operação é imediato, pois traz a conscientização e engajamento dos profissionais e usuários sobre como destinar seus resíduos de forma adequada.