Duda Tawil, texto e fotos, de Paris
Com o filme “Pixinguinha, um homem carinhoso”, de Denise Saraceni e Allan Fiterman, foi aberto o 24⁰ Festival de Cinema Brasileiro de Paris, no cine L’Arlequin, promovido pela Associação Jangada (www.jangada.org), que tem à frente da extensa e variada programação Kátia Adler, na direção artística, e a coordenação de Michael Magalhães. O festival tem o apoio da Embaixada do Brasil na França, e não recebe subvenções. Ele aconteceu de 29 de março a 5 de abril, verdadeira vitrine da produção cinematográfica brasileira, de ontem e de agora.
Deise Ramos assinou o seu livro sobre Nelson Pereira dos Santos (1928-2018)
Na apresentação de um dos maiores clássicos da nossa cinematografia, “Rio, 40 graus”, de 1954, esteve a escritora Deise Ramos, que também assinou exemplares do seu livro “Nelson Pereira dos Santos e a Invenção de um Cinema Nacional”. A obra tem prefácio do professor de Estudos Cinematográficos da Universidade de Poitiers, Mathias Lavin, e é fruto do seu mestrado na Universidade da Sorbonne Paris VIII. A partir deste seu filme de estreia, verdadeiro marco na estética nacional da sétima arte no Brasil, Deise atribui a Nelson, falecido há quatro anos (em 21 de abril de 2018), um papel maior na nossa história: o precursor do Cinema Novo!
Na apresentação de um dos maiores clássicos da nossa cinematografia, “Rio, 40 graus”, de 1954, esteve a escritora Deise Ramos, que também assinou exemplares do seu livro “Nelson Pereira dos Santos e a Invenção de um Cinema Nacional”. A obra tem prefácio do professor de Estudos Cinematográficos da Universidade de Poitiers, Mathias Lavin, e é fruto do seu mestrado na Universidade da Sorbonne Paris VIII. A partir deste seu filme de estreia, verdadeiro marco na estética nacional da sétima arte no Brasil, Deise atribui a Nelson, falecido há quatro anos (em 21 de abril de 2018), um papel maior na nossa história: o precursor do Cinema Novo!
Raí com a ator Antônio Grassi, que de Lisboa, onde mora, também veio prestigiar o festival
Ex-craque do Paris Saint-Germain (PSG), onde fez história nos anos 90, verdadeira lenda – através do voto popular, foi eleito em 2020 o maior jogador da história do time francês – e deixou saudades, Raí mora novamente na Cidade Luz: com espírito sempre jovem, desde janeiro ele é estudante universitário no prestigioso Institut de Sciences Politiques, mais conhecido como “Sciences Po”, onde faz mestrado em Políticas Públicas. Da capital francesa, ele toca a sua Associação Gol de Letra em São Paulo e no Rio, onde tem sedes próprias (www.goldeletra.org.br). Existem projetos em andamento para o Nordeste.
A cantora francesa Manu le Prince, fã da cultura brasileira, e a diretora Ana Maria Magalhães
A atriz e realizadora Ana Maria Magalhães veio apresentar o seu maravilhoso documentário “Já que ninguém me tira para dançar”, de 2021, sobre a amiga Leila Diniz (1945-1972), com quem ela contracenou em dois filmes, 50 anos após a morte de Leila.
A comédia “Bem-vinda a Quixeramobim”, de Halder Gomes, teve a sua lotação esgotada dois dias antes. O longa metragem é deste ano, e se passa no Ceará. Ele foi apresentado pelo ator, comediante, empresário e youtuber Max Petterson.
O diretor capixaba Rodrigo de Oliveira apresentou o filme “Os Primeiros Soldados”, todo filmado no Espírito Santo. A história se passa em 1983, nos primeiros anos da Aids, protagonizada pelo ator Johnny Massaro, bastante elogiado pela primorosa e sensível atuação, que esteve presente à sessão.
Um dos últimos filmes exibidos, “Homem Onça” se passa em 1990, na “era das privatizações” no Brasil. Com a reestruturação da estatal onde trabalha, o protagonista decide antecipar a aposentadoria e vai viver no interior, na sua cidade natal.
Dois documentários iniciaram e concluíram o último dia do festival: “Meu nome é agora, Elza Soares”, de Elizabete Martins Campos; e “Gilberto Gil – antologia volume 1”, que engloba suas composições de 1968 a 1987, de Lula Buarque de Hollanda.