Por Carolina Morgado
Uma análise da GlobalData revela que as viagens internacionais atingirão, este ano, 68% dos níveis pré pandemia, devendo melhorar para 82% em 2023 e 97% em 2024, antes de uma recuperação total até 2025 em 101% dos dados de 2019, com um 1,5 mil milhões de chegadas.
A empresa de dados e análise considera, no entanto, que a trajetória para a recuperação nas viagens internacionais não é linear entre regiões ou países.
Hannah Free, analista de viagens e turismo da GlobalData, comenta que “as viagens internacionais da América do Norte mostraram melhorias em 2021, com partidas internacionais a crescerem 15% ano a ano. Os EUA cresceram para se tornar o maior mercado de viagens de saída do mundo em 2021. Em 2022, as saídas da América do Norte devem atingir 69% dos níveis de 2019, antes de uma recuperação total até 2024, em 102% dos níveis de 2019, à frente de outras regiões.
A mesma percentagem deverá acontecer com as saídas internacionais de países europeus, ou seja, deverão atingir este ano 69% dos números de 2019, observa o analista, para acrescentar que “À medida que a confiança nas viagens se recupera, espera-se que o mercado intra-europeu se beneficie, impulsionado pelas preferências por viagens de curta distância”.
No entanto, “a recuperação das viagens deve enfrentar a inflação, o aumento do custo de vida e a guerra na Ucrânia”, considerou, para lembrar que “a Rússia foi o quinto maior mercado de viagens de saída do mundo em 2019, enquanto a Ucrânia foi o décimo segundo. No futuro, as viagens limitadas de saída desses países prejudicarão a recuperação geral do turismo na Europa”.
Espera-se que, segundo o estudo da GlobalData, a Ásia-Pacífico fique para trás em termos de recuperação. As saídas da região atingirão apenas 67% dos níveis de 2019 em 2022, devido ao levantamento relativamente mais lento das restrições de viagem e à propensão a novas restrições domésticas durante os surtos de Covid-19. Outrora o maior mercado de viagens de saída da região e do mundo, a China não está a mostrar nenhum sinal de relaxar as suas rígidas medidas de fronteira no curto prazo. Em 2021, as saídas internacionais da China atingiram apenas 2% dos níveis de 2019. Fonte, Publituris-pt.