UFBA promove Festival Gastronômico Refúgio dos Sabores

Por Solange Galvão

A culinária de imigrantes e refugiados que firmaram residência em Salvador terá um destaque especial no dia 14 de junho, na Escola de Nutrição da UFBA, com a promoção do Festival Gastronômico Refúgio dos Sabores. A atividade é um trabalho de fim de semestre da disciplina Eventos Gastronômicos dos estudantes de Gastronomia, que escolheram conhecer a cultura alimentar dos povos que chegaram aqui para viver e trazem na bagagem muitas receitas e histórias de seus países de origem.

Com a ajuda do Núcleo de Apoio aos Migrantes e Refugiados (Namir) da UFBA e da Pastoral do Migrante da Paróquia Ascensão do Senhor (Centro Administrativo da Bahia), os estudantes de Gastronomia entraram em contato com pessoas da Venezuela, Haiti, Síria e Peru para participarem do festival. O evento será realizado dentro do plano de contingência e medidas de biossegurança para as atividades presenciais da UFBA, que limita o número de participantes, por isso haverá inscrições.

Na programação já estão definidos a produção de um vídeo com migrantes preparando alguns pratos e que será exibido no dia 14 de junho; roda de conversa, apresentações musicais referentes aos países em destaque e a degustação de alguns pratos, desta vez com as receitas preparadas pelos estudantes. A roda de conversa terá a participação da professora Mariângela Nascimento, coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do Namir/UFBA e dos imigrantes José Francisco e Lizette Lozada (venezuelanos) e Anas All Smman (sírio). Na parte musical, já está confirmada a presença do músico boliviano Danilo Miguez, que tocará trompete, e do músico baiano e estudante de gastronomia Leônidas Andrade, que prepara um repertório de músicas latinas para o dia.

A escolha do tema como forma de conhecer melhor a culinária de outros povos está animando cada vez mais os estudantes de Gastronomia, que estão às voltas com as definições dos pratos e com a compra de ingredientes, nem sempre encontrados facilmente em Salvador.

Mesmo com os poucos recursos arrecadados com a venda de bilhetes de duas rifas de cestas gastronômicas (uma com produtos de São João e outra de culinária italiana), a turma se desdobra, atrás, por exemplo, da harina pan, uma farinha de milho branco própria para a produção das hallacas andinas. Para produzir este bolinho recheado com algum tipo de carne e cozido na folha de bananeira, os estudantes têm de gastar R$ 20 pelo quilo da harina pan. Foto: divulgação.

Mais informações no perfil do Instagram @refugiosabores

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