Charles Ray e Alemanha Anos 20 no Centro Pompidou, em Paris

  • Duda Tawil, texto e fotos, de Paris
Verdadeira fábrica de cultura do 4⁰ distrito da Cidade Luz, uma usina que não para nunca, o Centro Georges Pompidou está, entre outras, com duas grandes exposições no seu último andar, uma terminando hoje, “Charles Ray”, e a outra que foi aberta em 11 de maio e segue até 5 de setembro, “Alemanha, Anos 1920: Nova Objetividade e August Sander”.
A escultura Fall’91, de 1992, de Charles Ray: um manequim aumentado, de fibra de vidro pintada, cabelos, roupas, joias, vidro e metal.
Americano de Chicago, nascido em 1953, e vivendo em Los Angeles, Ray é um artista contemporâneo. A mostra, de poucas esculturas, porém variada, a maioria em tamanho aumentado das suas proporções reais. São carros amassados, manequins – inclusive ele mesmo e a sua própria mãe – tronco de árvore, etc. “Eu sou um extraterrestre”, diz o artista, “mas eu não me lembro de ter descido de um disco voador”.
Pinturas, retratos, documentos e sobretudo fotografias compõem a exposição sobre a modernidade alemã.
A outra exposição propõe dois aspectos da modernidade alemã da República de Weimar (1918-1933). A primeira parte é uma primeira vista, do todo, sobre a corrente da Nova Objetividade, movimento artístico surgido na Alemanha no início da década de 1920 como reação ao Expressionismo. Acabou em 1933 com a queda de Weimar e a tomada do poder pelo Partido Nazista. Otto Dix, Georg Grosz, Christian Schad, Max Beckmann, Georg Schrimpf, Jeanne Mammen e Heinrich Maria Davringhausen são alguns dos seus artistas.
A segunda parte apresenta a grande obra do fotógrafo August Sander (1876-1964), chamada “Homens do Século XX”. Ela se propõe a analisar o espírito de uma época da sociedade alemã submetida a uma veloz mutação social, política e midiática.
O Centro Pompidou fecha às terças-feiras. Mais informações: www.centrepompidou.fr

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