Companhias aéreas vão precisar mais de 2 milhões de trabalhadores em duas décadas

 

Por Victor Jorge

A indústria da aviação comercial irá precisar de mais de 2,1 milhões de trabalhadores a nível mundial até 2042, segundo avança o “Pilot and Technician Outlook 2022-2041” da Boeing.

À medida que o setor da aviação comercial passa por uma recuperação global desigual da causada pela COVID-19, as contas feitas pela Boeing mostram que, nas próximas duas décadas, a indústria irá precisar de 602 mil novos pilotos, 610 mil técnicos de manutenção e 900 mil tripulantes de cabine.

“Atender à procura projetada de pilotos, técnicos de aeronaves e tripulantes de cabine depende totalmente do investimento da indústria num fluxo constante de pessoal recém-qualificado para substituir aqueles que deixaram ou em breve deixarão a indústria”, refere a Boeing na análise.

À medida que a procura por viagens aumenta, a falta de pessoal faz-se notar na indústria da aviação comercial. Nas próximas duas décadas serão mais de dois milhões as vagas que terão de ser preenchidas. Foto: divulgação.

De resto, o fabricante de aeronaves norte-americano salienta que “a indústria da aviação global precisará manter um foco nítido e envolver-se em esforços coletivos para construir um pipeline de talentos robusto e diversificado por meio de mais programas de formação e recrutamento, desenvolvimento de novas carreiras na aviação, investimento em oportunidades de aprendizagem no início da carreira e implementação e adoção de métodos de aprendizagem mais eficientes”.

A Boeing admite mesmo que as oportunidades para aqueles que aspiram a ter uma carreira na aviação serão “abundantes”, enquanto os operadores irão enfrentar uma “forte concorrência no recrutamento e retenção de talentos de primeira linha”.

Certo é que para enfrentar os desafios criados pela pandemia, a formação está a adotar soluções cada vez mais inovadoras. Muitas empresas de formação fizeram a transição das suas ofertas para formatos online e virtuais, sempre que possível, permitindo que os formandos continuassem a aprendizagem com segurança e remotamente. “Tecnologias imersivas, aprendizagem adaptativa e métodos flexíveis de aprendizagem à distância permitiram que o pipeline de formação permanecesse intacto”, diz a Boeing, referindo, ainda, que “os investimentos contínuos nessas tecnologias provavelmente levarão a uma mudança fundamental de longo prazo na forma como a formação é conduzida”.

A Boeing conclui, assim, que “as metodologias de formação também continuam a progredir em direção a uma abordagem holística que se concentra em competências em vez de tarefas prescritivas”. Assim, à medida que os operadores comerciais e as empresas de formação olham para o futuro, antevê-se “investimentos contínuos em inteligência artificial, machine learning e tecnologias de realidade mista que ajudarão os formandos a aprender com mais rapidez, eficiência e eficácia”. *Fonte: Publituris/pt.

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