Por Claudio Farias (Texto e foto )
Depois de quase dois anos, e só agora, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SECULT) “acegura” (sic) um Plano Estratégico para superar uma tragédia anunciada no transporte marítimo – Alcântara/São Luís/Alcântara – elaborado no modelo CTRL/C e CTRL/V. Coloca ações de terceiros como de autoria própria, de uma assessoria tida como “letrada” (por ter alguém fez do curso de Letras) e uma Diretoria de Cinema que nunca deu bom dia a um tripé, com total incapacidade de reconhecer um plano fílmico, até por não ter nem sala de cinema e, muito menos, escola livre de audiovisuais. Sobre o cais flutuante (casado Alcântara e São Luís) prometido pelo agora senador Flávio Dino, o silêncio ficou na onda.
Exemplar. O gestor da pasta de Turismo (e agravado também por desmandar a Cultura) engarrafa três empregos: um como vigia, em Bequimão, outro como ‘chofer’ de ferry-boat e o terceiro de turista, como secretário, é este, exatamente, que ele menos emprega dedicação. Um perigo para o vasto e diversificado patrimônio material e imaterial, sobretudo o humano, com mestres fazedores de cultura morrendo sem a valorização devida.
Como um município no valor Alcântara, com tanto potencial turístico, pode encalhar em tão vasto e diverso mar de oportunidades turísticas? Nem o Divino, legenda de uma das maiores festas da cidade, a mais pomposa e complexa do país, consegue explicar.
Um dos sintomas explícitos do desmando e inoperância pode ser debitado ao turista de luxo que é o secretário de cultura e turismo alcantarense (todo minúsculo). Dos três empregos que opera, o profissional do ano, passeia deslumbradamente sem ser cobrado pelo dever de cumprir metas e compromissos como servidor público.
Na reunião da Instância de Governança, do Polo São Luís, realizada em Alcântara, em menos de três horas, em agosto, os secretários de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar (Região Metropolitana) focaram na pauta, enquanto o de Alcântara por mais de 5 vezes propôs terminar a reunião para “olhar o por sol”. E no Relatório de Atividades 2021/22, o engodo repetitivo de ações são apenas palavras naufragadas no descaso. Alcântara precisa urgente, mesmo, de novos horizontes. *Fonte: Jornal JP Turismo.