Virtudes do Turismo
Carlos Prado acredita que a iniciativa privada e poder público, juntos, podem promover a evolução do Turismo na direção do desenvolvimento sustentável do Brasil. “Sem demérito aos demais setores da economia brasileira, o Turismo é, por natureza, agregador. O relacionamento humano e interpessoal é essencial na hotelaria, nos meios de transporte, no agenciamento de viagens e na produção de eventos. O Turismo é um grande empregador de mão-de-obra. Gera e distribui renda”, enfatiza.
O Turismo responsável consegue agregar valor aos destinos, tanto para quem visita como para a população residente. É instrutivo e educativo, propicia a aquisição de novos conhecimentos, desmancha preconceitos e alarga horizontes. Ensina a respeitar e preservar os recursos naturais e a valorizar o legado histórico, arquitetônico, artístico e cultural construído pela mão do homem. “Esse conjunto vem ao encontro do conceito fundamental de desenvolvimento sustentável. Não por acaso, o Turismo é considerado a indústria da paz”, lembra Prado.
Sintonia
Carlos Prado entende que os conteúdos e propósitos do Festuris 2022, voltados para a ressignificação do Turismo, encontram ressonância na proposta do livro. “Basta fazer um retrospecto da evolução do destino Gramado, projetado para o Brasil e para o mundo por força da competência com que o Festuris vem se realizando, ao longo dos anos. Assim como o livro, que materializa a união de protagonistas em torno da superação e da crença no turismo, o Festuris catalisa tendências inovadoras. Trabalha com espaços segmentados, possibilita o posicionamento das marcas em diferentes nichos do mercado turístico”, assegura.
Parques Naturais do Brasil
As dimensões continentais do país favorecem a diversidade de ofertas de parques naturais. No entanto, a atividade turística requer investimentos planejados e adequados, para valorizar a experiência do visitante. “É preciso dedicar atenção à revitalização dos nossos parques naturais, para elevar o grau de atratividade dos mesmos. Investir em campanhas voltadas para a divulgação e orientação do turista, seja ele doméstico ou estrangeiro. Dentro da ideia de Turismo de Proximidade, só no Estado de São Paulo, há uma riqueza imensa de parques naturais, onde a Mata Atlântica é exemplo”, comenta Prado.
O autor do “Turismo – um grande negócio para o Brasil” considera que a pandemia C-19, que restringiu grandes deslocamentos, despertou a percepção de que há muitos atrativos pouco ou nada conhecidos num raio de 300 Km da origem do viajante. De carro ou de ônibus, pode-se planejar viagens economicamente viáveis e muito compensadoras. “O que falta? Certamente, temos que dar publicidade aos destinos. Torná-los mais e mais conhecidos e desejados. O papel das prefeituras municipais e das demais instituições locais é determinante”, salienta.
Movimento Supera
“Um dos traços mais marcantes do Movimento Supera, como ficou conhecido, foi uma espécie de descentralização participativa. Todos os protagonistas da iniciativa fomos vacinados contra o personalismo e o mandonismo. Imperou o senso colaborativo e voluntário. Nesse sentido, foi uma experiência de gestão horizontalizada, onde a comunicação online funcionou plenamente”, conta Carlos Prado.
Parra concluir, o empresário diz que “quando o Supera cumpriu o seu papel no enfrentamento da pandemia, todos saímos fortalecidos e melhores. Acredito que, hoje, o turismo brasileiro está bem mais amadurecido e articulado. No fundo, aprendemos a cultivar a ideia de fórum permanente, seja para lidar com questões pontuais que exigem mobilização rápida, seja para dar consistência a projetos de médio e longo prazo, que exigem interface com instâncias governamentais e da iniciativa privada”.