Segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Natal de 2022 deverá movimentar R$ 65 bilhões. Confirmada essa expectativa, o setor terá o primeiro aumento real de vendas (1,2% no faturamento, descontada a inflação) após dois anos de perdas na sua principal data comemorativa, sem, no entanto, igualar o volume de vendas de 2019, que foi de R$ 67,5 bilhões.
Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a perspectiva positiva para este ano decorre da normalização do fluxo de consumidores alcançada na virada do primeiro para o segundo semestre de 2022. “Contribuem ainda a evolução favorável do nível de ocupação no mercado de trabalho e a desaceleração da inflação”, aponta Tadros. A inflação deve encerrar o ano abaixo de 6,5%, 3,5 pontos percentuais menor que o verificado no acumulado de 12 meses, em dezembro do ano passado.
Por outro lado, o presidente da CNC indica que o encarecimento do crédito e o comprometimento da renda média com dívidas devem frear a expansão das vendas neste ano. De acordo com dados do Banco Central, a taxa média de juros praticados nas operações de crédito livres destinadas às pessoas físicas está no maior patamar desde o primeiro trimestre de 2018. Adicionalmente, o comprometimento da renda média atingiu 28,71% no fim do terceiro trimestre, o maior patamar da série histórica disponibilizada pela própria autoridade monetária, iniciada em 2005. *Fonte: FBHA News; Foto: Crédito/Foto: Pexels.