Greve nos aeroportos do Brasil atrasa voos no início das manhãs

Pilotos e comissários de voo que atuam nas principais companhias aéreas do país iniciaram às 6h desta segunda-feira, 19, uma paralisação em diversos estados após falhares as negociações entre a categoria e as companhias aéreas por reajuste salarial e mudanças nos regimes de descanso. Com isso, aeroportos, incluindo o de Congonhas, em São Paulo já registram atrasos em voos.

Segundo o presidente do sindicato, Henrique Hacklaender, a mobilização não tem data para terminar. “Esperamos que o saguão esteja cheio de tripulantes, porque as empresas estão sendo intransigentes”, afirmou.

A paralisação está prevista para ocorrer diariamente, das 6h às 8h nos aeroportos de São Paulo, Guarulhos (foto), Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza. A medida deve gerar um efeito cascata de atrasos e possíveis cancelamentos de voos.

Com a decisão da categoria, os atrasos nas decolagens programadas entre 6h e 8h nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Guarulhos, Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Belo Horizonte) estão mantidos.

Ao A TARDE, a assessoria do Aeroporto Internacional de Salvador declarou que podem existir impactos nos voos que decolam ou chegam à cidade. “Devido à paralisação dos aeronautas, alguns voos poderão sofrer atrasos. Os passageiros com voo previsto para esta manhã devem entrar em contato com sua companhia aérea para mais informações”, declarou em nota.

Reinvidicações

O motivo para a greve, segundo a categoria, é a “frustração das negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho”. O acordo ainda está em discussão entre os sindicatos dos trabalhadores do setor e das empresas aéreas. A greve não atingirá voos com órgãos para transplante, vacinas ou pacientes em atendimento médico, assegurou o SNA.

Os aeronautas reivindicam recomposição das perdas inflacionárias, além de um ganho real nos salários e benefícios. O sindicato da categoria argumenta que os altos preços das passagens aéreas têm gerado crescentes lucros para as empresas. De janeiro a outubro deste ano, por exemplo, o preço médio das passagens subiu 35%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os profissionais do setor aéreo reivindicam ainda melhorias nas condições de trabalho para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, como a definição dos horários de início de folgas e proibição de alterações nas mesmas, além do cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos. *Fonte: Portal A Tarde; Fonte: Arquivo PTT/Divulgação.

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