Enoturismo atrai turistas em diversas regiões do país

Por Victor Maciel

 

Acompanhar o processo de produção, sentir o aroma e apreciar o sabor de umas das bebidas mais consumidas do mundo: o vinho. Este é um dos objetivos do “Enoturismo”, segmento turístico que tem crescido nos últimos anos e que, junto com o plantio das uvas e a produção de seus derivados, movimentou cerca de R$ 26,5 bilhões em 2019. Além do Rio Grande do Sul, tradicional produtor da bebida, estados como Santa Catarina, Pernambuco e São Paulo despontam como grandes fabricantes e destinos para os apreciadores de vinho. Diante de tanta variedade, a Agência de Notícias do Turismo separou alguns lugares que valem apena dar uma conferida, ou melhor, degustada!

Turistas possuem opções variadas para a prática do enoturismo. Os viajantes podem acompanhar a produção, sentir o aroma e degustar uma das principais bebidas do mundo em diversos destinos nacionais. Foto, crédito Vitor Jubini/MTur.

 

E a nossa viagem começa pela Serra Catarinense e pelo Vale do Contestado, regiões de Santa Catarina famosas pela qualidade de suas bebidas e que contemplam cerca de 19 produtores diferentes de vinhos. Lá os produtos receberam selo de indicação de procedência, reconhecimento concedido aos locais que agregam valor ao produto devido às características de solo, clima e altitude. O clima frio da região, que abrange municípios como São Joaquim, Bom Retiro e Urubici, permite que as uvas amadureçam de forma mais lenta e completa. Todo esse processo, alinhado com as técnicas próprias de cultivo, são fatores que tornam o produto único no Brasil e no mundo.

Continuamos o nosso percurso pelo Sudeste do país, mais precisamente em Santa Teresa, no Espírito Santo. A cidade capixaba é responsável pela produção de mais de 700 toneladas de uva por ano e, em média, 80 mil litros de vinho por 10 vinícolas. O roteiro permite aos turistas a participação na colheita das uvas, no processo de fabricação do produto e na degustação dessa saborosa bebida. Lá, os visitantes também podem provar um vinho feito a partir da fermentação da jabuticaba e consumir as frutas in natura, cujas espécies mais cultivadas são a Niágara Rosada e a BRS Vitória. É bastante expressiva também a produção de sucos, geleias e espumantes.

Outro destino excelente para visitação é o Vale do São Francisco, dividido entre 503 municípios dos estados de Pernambuco e da Bahia, entre eles Petrolina (PE), Casa Nova (BA) e Santa Maria da Boa Vista (PE). A produção de uva, em meio ao clima quente e seco da Caatinga, é um dos principais atrativos da região. As técnicas de irrigação associadas à proximidade do Rio São Francisco fizeram a bebida receber premiações nacionais e internacionais. Em 2021 foram produzidos na região aproximadamente 7,5 milhões de litros de vinhos finos elaborados a partir de castas aclimatadas, 10 milhões de litros de vinhos de mesa, além de suco e uvas in natura que abastecem o mercado interno e externo.

O nosso roteiro ainda traz a produção de vinho no cerrado brasileiro. Em meio ao clima seco, as cidades de Cocalzinho de Goiás (GO), Paraúna (GO) e Corumbá (GO) ofertam aos turistas experiências únicas. O primeiro destino, na Fazendo Pirineus e às margens do Rio Corumbá, traz um dos melhores vinhos tintos defendidos pelo Anuário de Vinhos Brasileiro do Instituto Brasileiro de Vinho. Em Paraúna, os viajantes podem visitar a fábrica de uma das principais vinícolas da região, onde conhecerão a plantação, produção e a degustação da bebida.

EXPERIÊNCIAS DO BRASIL RURAL

Com toda essa potencialidade e diversidade, o Ministério do Turismo vem trabalhando, através do projeto Experiências do Brasil Rural, em diversos roteiros do país. Entre eles estão: Caminhos do Campo (SC), Ferradura dos Vinhedos (RS), Farroupilha Colonial (RS), Agroturismo (ES) e a Rota Turística do Café e do Vinho (SP). O projeto tem como objetivo fomentar a estruturação de destinos e empreendimentos da agricultura familiar associados ao turismo, a partir da capacitação de empresários e produtores rurais com vistas à oferta de experiências memoráveis aos visitantes. Ao final, os participantes recebem suporte para inserir produtos e serviços no mercado turístico, como em bares, restaurantes, meios de hospedagem e lojas de artesanato.

* Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo.

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