Por Paulo Atzingen, de Buenos Aires*
Um tour fluvial vendo Buenos Aires de um ângulo mais aberto, conforme a grandeza e espetacular amplitude que a cidade tem no verão
O Delta do Tigre é um lugar exótico, quase selvagem, um mundo à parte da cidade. A face in natura de Buenos Aires
Não que o Caminito, a Bombonera e a própria avenida 9 de julho com seu Obelisco tenham despencado do gosto e das preferências dos turistas internacionais quando visitam Buenos Aires, não é isso. É que a cidade pode ser vista do rio em tours fluviais inesquecíveis que, modificam e ampliam nossa percepção da capital do Tango.
A experiência da viagem de duas horas para a cidade de Tigre e as ilhas fluviais que formam o Delta dos rios que desaguam no Rio da Prata dão esse banho de contemplação à metrópole portenha.
O navio Hector Sturla parte do Porto Madero e aqui pode se ver o salto para o futuro da engenharia do cone-sul com arranha-céus prateados que delineiam a cidade de Buenos Aires. Mas esse mesmo barco nos leva ao encontro de outras faces da cidade e de seu entorno.
Buenos Aires visto do Rio da Prata
O Rio da Prata tem o rio Paraná
Entro no Rio da Prata e vou ao encontro das águas do Rio Paraná, sim, esse mesmo que nasce no Brasil, mais exatamente no noroeste do Estado de São Paulo, da união do rio Parnaíba e do Rio Grande. Esse mesmo que corre separando São Paulo de Mato Grosso do Sul, entra no estado das araucárias, despenca nas Cataratas do Iguaçu (como rio Iguaçu), penetra na Argentina e desagua aqui, no Delta do Tigre.
O Hector Sturla tem dois andares. O superior é aberto ao sol e ao vento e ali pode-se tirar fotos belíssimas sem obstáculos. No andar inferior ficam as confortáveis poltronas reclináveis, com ar-condicionado, banheiro e bar.