A pandemia impactou em vários aspectos em todo o mundo e não poderia ser diferente no cenário do turismo nacional. Recentemente, uma pesquisa encomendada pelo Google apontou que o número de pessoas que buscam viajar neste ano cresceu 10%, se comparado ao ano de 2019. O dado é representado por brasileiros que antes da pandemia não tinham o hábito de viajar.
A mesma pesquisa mostrou que a maior parte dos turistas, cerca de 28% são da Geração Z, aqueles que nasceram entre o fim da década de 1990 e 2010. Esta geração é conhecida por ter nascido no meio tecnológico. Para a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), os dados evidenciam um novo perfil de viajante, que deve manter-se em crescimento ao longo dos próximos anos.
As classes C, D e E também ajudaram no reaquecimento do setor. O estudo estimou que quatro em cada cinco novos viajantes, ou 82%, pertencem a estes grupos socioeconômicos, sendo eles, em sua maioria, moradores das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
“Os mais jovens se viram reclusos por causa de uma crise de saúde mundial. No auge da maioridade, é natural que tenham interesse em recuperar o tempo perdido. Os brasileiros, como um todo, estão buscando reaver os anos que ficaram sem turistar no próprio país, que, aliás, é riquíssimo em atividades turísticas”, comenta Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.
Os destinos com até 250 km de distância de quem quer viajar também cresceram no primeiro trimestre de 2023, bem como as viagens por vias terrestres. As buscas por rotas de até 250 km cresceram 156%, em comparação ao mesmo período de 2022. Na contramão, os trajetos com mais de 3.500 km caíram 77%.
*Fonte: Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação ( FBHA)