Por Duda Tawil, texto e fotos
A partir do próximo domingo, 14 de maio, até dia 17 de setembro, atravessando boa parte da primavera e quase todo o verão francês, no jardim inglês do Castelo de Fontainebleau, a 50km de Paris, acontecerá um diálogo entre a paisagem, o meio ambiente e a escultura contemporânea. O percurso “Grandeur Nature”, que seria traduzido como “tamanho original”, mas num jogo de palavras com “grandeza da natureza”, vai propor uma deambulação poética, em plena vegetação, do visitante em contato com obras de 18 artistas visuais convidados. Um percurso lúdico com toques de surrealismo. O jardim inglês, que é uma parte do extraordinário parque do castelo, tem árvores centenárias do século XIX, e foi inaugurado pelo imperador Napoleão I.
Tomam parte da primeira edição desta grandiosa exposição ao ar livre, que se visita em 1h15min: Carole Chebron, Céline Cléron, Elsa Guillaume, Katarzyna Kot-Bach, Présence Pantchounette, Françoise Petrovitch, Martine Felipel e Jean Béchameil, Yochikazu Goulven Le Maître, Julien Berthier, Gilles Barbier, Christophe Charbonnel, Jean-François Fourtu, Sébatien Jouan, Gérard Kuijpers, François-Xavier Lalanne, Laurent le Deunff, Philippe Ramette, Philémon Vanorlé e La Société Volatile.
Marie-Christine Labourdette preside o Castelo de Fontainebleau, e são curadores da mostra Christine Germain-Donnat, diretora do Museu da Caça e da Natureza (que fica no 4° distrito de Paris) e o diretor artístico Jean-Marc Dimanche, e o curadores associados Anaïs Dorey, conservadora-chefe responsável pelas esculturas, Thierry Lerche, chefe do setor de jardins e David Millerou. chefe do setor de pedagogia, além de Benjamin Simon, responsável pela comunicação do Musée de la Chasse et la Nature, parceiro de Fontainebleau neste projeto.
Conhecida como Cidade Imperial, hoje com 16 mil habitantes e a 45 minutos de Paris pelo trem que sai da Gare de Lyon, Fontainebleau está no departamento de Seine e Marne. Ao chegar à estação Fontainebleau-Avon, o visitante entra num ônibus, chamado “navette”, que o levará diretamente, em sete minutos, até o castelo. Não existe passagem conjugada para este percurso, são dois bilhetes separados.
Fontainebleau é o primeiro castelo do Renascimento, datando do rei Francisco I, porém desde o século XII foi habitado por todos os soberanos franceses, sendo os últimos o imperador Napoleão III e a imperatriz Eugênia. O seu teatro de 400 lugares não funciona mais como tal, porém é todo original e em 2019 passou por uma restauração total, ano em que o castelo recebeu 539 visitantes.
Uma das 34 livrarias-butiques da RMN-Grand Palais (Reunião dos Museus Nacionais), a de Fontainebleau foi reaberta ao público em 1° de fevereiro passado, planejada em colaboração com o arquiteto Étienne Bruley do escritório Hors Limites. Além de obras literárias, são propostos cerca de 500 objetos temáticos, pois referentes e inspirados nas coleções e na programação do castelo, assim como alguns itens relativos à gastronomia francesa.
Um destaque à parte é a gastronomia francesa. No restaurante “Les Petites Bouches de l´Empereur” o seu diretor Arnaud Richardis propõe, todos os dias da semana, sem exceção, das 12h às 14h30, um “menu descoberta” por 19 euros. Ele é composto por quatro entradas e/ou sobremesas, queijos e charcutaria, que o comensal escolhe no bufê, e o prato principal que é servido à mesa.
Bon voyage e boa visita!
Mais informações: www.chateaudefontainebleau.fr e www.boutiquesdesmusees.fr