A sexta edição da Feira Literária de Mucugê, na Chapada Diamantina, que ser[a realizada entre os dias 16 e 20 de agosto deste ano, vai homenagear o poeta, escritor e letrista baiano José Carlos Capinan. O tema da feira será ‘Literatura e Música’, e reforça os vínculos entre essas duas expressões artísticas na cultura brasileira, que tem Capinan como um dos grandes expoentes entre os autores que transitam engenhosamente entre versos, refrãos e estrofes.
O escrito baiano foi recebido no palco da Fligê durante sua primeira edição, em 2016, quando abordou a Poesia na Música Popular Brasileira em uma das mesas literárias. Tropicalista, Capinan povoa o imaginário da música popular brasileira nacionalmente desde 1965, quando Maria Bethânia interpretou ‘Viramundo’, de sua autoria, nos festivais da canção.
Além de compositor e parceiro na autoria de canções como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jards Macalé, Edu Lobo, Paulinho da Viola, João Bosco, Francis Hime, Gereba, Torquato Neto, Zé Ramalho e outros, Capinan é autor de nove livros, entre eles ‘Confissões de Narciso’, ‘Terra à vista’, ‘Inquisitorial’ e ‘Vinte canções de amor e um poema quase desesperado’, que revela os bastidores do processo de criação de várias canções da MPB assinadas por ele.
José Carlos Capinan é imortal da Academia de Letras da Bahia, na cadeira 36, com a tomada de posse em 17 de agosto de 2007. Na Fligê presenteará o público com a mistura de lirismo e política, tão característica de sua obra.
“Sua palavra poética é (en)cantada e engajada para a vida em uma sociedade que se busca mais humanizada e plena de direitos culturais a toda gente. A palavra é criação e uso, a poesia ocupa essa dimensão de atravessar o cotidiano para ser utilizada como matéria de combate e provocação de novos mundos. Essa concepção do fazer literário está imbricada na produção de Capinan, enquanto letrista e poeta”, afirma a curadora da Fligê, Ester Figueiredo.
A sexta edição da Fligê é patrocinada pelo Governo da Bahia, por meio de emendas parlamentares vinculadas, com parcerias institucionais, de coletivos culturais da região e com apoio do poder público local. Fonte: Jornal da Chapada.