Por Inês de Matos
As reservas para o pico do verão no hemisfério norte não param de aumentar e, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), já se encontram 35% acima do ano passado.
De acordo com um estudo da IATA divulgado esta terça-feira, 16 de maio, as reservas realizadas no primeiro trimestre do ano para o período entre maio e setembro estão 35% acima do registrado em 2022. Foto: banco de imagens por Vecteezy.
Este estudo, que ouviu 4.700 viajantes de 11 países, apurou também que 79% dos inquiridos planeijam realizar uma viagem entre junho e agosto de 2023, apesar de 85% destes viajantes acreditar que também este verão venha a ficar marcado por disrupções nas viagens.
Apesar dos problemas esperados, 80% dos entrevistados também acreditam que este verão será mais calmo e que esperam viagens tranquilas, o que se deve ao fim das restrições relacionadas com a COVID-19.
Por regiões, o estudo da IATA mostra que é na Ásia-Pacífico que as reservas para o verão mais têm crescido e estão já 134,7% acima do mesmo período de 2022, seguindo-se o Médio Oriente, com um aumento de 42,9% nas reservas e a Europa, onde o número de reservas está já 39,9% acima do verão do ano passado.
Em África, as reservas para o verão apresentam um aumento de 36,4%, enquanto na América Latina se encontram 21,4% acima de período homólogo de 2022, sendo a América do Norte a região onde as reservas menos crescem, apresentando atualmente um crescimento de 14,1%.
“As expectativas são altas para o pico da temporada de viagens de verão no norte, este ano. Para muitos, esta será a primeira experiência de viagem pós-pandemia. Embora algumas interrupções possam ser esperadas, há uma expectativa clara de que os problemas de aceleração enfrentados em alguns dos principais aeroportos centrais em 2022 serão resolvidos”, congratula-se Nick Careen, vice-presidente senior de operações, segurança e proteção da IATA.
Apesar das expectativas positivas, a IATA não deixa de alertar que, este verão, é preciso garantir que os aeroportos têm capacidade disponível para processar o aumento de passageiros previsto, com Nick Careen a sublinhar que “o sucesso depende da prontidão de todos os participantes da cadeia de abastecimento”.
A IATA está também preocupada com o impacto das greves em França e indica que os dados do Eurocontrol mostram que os cancelamentos podem aumentar em mais de um terço, motivo pelo qual os governos devem ter preparados planos de contingência para evitar um maior impacto das greves nas viagens.
“Temos de olhar para a Europa, onde as greves causaram interrupções significativas no início deste ano. Os governos devem ter planos de contingência eficazes para que as ações daqueles que prestam serviços essenciais, como o controlo de tráfego aéreo, mantenham níveis mínimos de serviço e não interrompam as férias duramente conquistadas daqueles que viajam ou coloquem em risco os meios de subsistência de quem está no setor de viagens e turismo”, acrescenta o responsável da IATA. Fonte: Publituris-pt.