Por Bruna Ferraz
Apesar de ser um ponto turístico rodeado de belezas naturais, o Vale do Capão, na Chapada Diamantina, tem o acesso de visitantes dificultado pela má condição da estrada de barro que dá acesso ao local, sem pavimentação e sinalização.
As chuvas que caem na região durante este período do ano agravam o problema de acessibilidade, o que acaba causando transtornos não apenas para quem mora no local, mas também para os visitantes, o que acaba afetando o turismo.
No último domingo (23), moradores registraram as condições da estrada de barro de Lagoa das Cores e enviaram as imagens ao Jornal da Chapada. Segundo a denúncia, moradores cobram um retorno do prefeito do município de Palmeiras, Ricardo Guimarães (PSD).
Segundo uma carta aberta escrita por moradores locais, há uma obra não concluída sendo realizada há mais de dois anos, mas foi dada como finalizada pela prefeitura.
A prefeitura de Palmeiras havia anunciado a pavimentação asfáltica da estrada que liga a sede do município ao Vale do Capão. De acordo com o projeto, que ainda não foi realizado, um trecho de cerca de 20 km da BA-849, passará por revestimento. A estrada dá acesso ao distrito de Caeté-Açu e o investimento está previsto em mais de R$ 33 milhões.
Ainda de acordo com a denúncia, na estrada, também é possível localizar imagens sobre uma recuperação da via que seria realizada pelo governo do Estado da Bahia, contudo, a obra está parada.
Procurada pela equipe do Portal M!, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), afirmou que as obras foram paralisadas pelo Ministério Público, sob a alegação de que as licenças ambientais emitidas pelo município “não tinham validade jurídico-ambiental”. Ainda de acordo com a pasta, já foi solicitada à empresa executora da intervenção, a retomada da requalificação do trecho.
Confira na íntegra a nota enviada pela Seinfra ao Portal M!:
“A obra de pavimentação do trecho entre Palmeiras – acesso à Caeté – Açu (Vale do Capão), com extensão de 19,00 km, foi paralisada pelo Ministério Público com a alegação de que as licenças ambientais emitidas pelo município não tinham validade jurídico-ambiental no que se refere à supressão vegetal.
A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) já solicitou à empresa executora da obra que realize intervenções no trecho com o objetivo de devolver a trafegabilidade aos moradores.
Em paralelo, aguardamos o parecer do Inema quanto à legalidade do licenciamento relacionado à supressão vegetal. Desta forma, a empresa, por cautela, suspendeu os serviços até que o parecer conclusivo do INEMA seja emitido e, assim, a obra possa ser reiniciada”.
Fonte: Portal Muita Informação!
Fotos: Arquivo PTT e Jornal da Chapada.