O Caminho Português de Santiago Central – Região Centro, com mais de 190 quilômetros de extensão e que atravessa 12 municípios, foi certificado oficialmente pelo Governo.
Com uma extensão de 191,6 quilómetros, atravessa, de sul para norte, Vila Nova da Barquinha, Tomar e Ferreira do Zêzere (distrito de Santarém), Alvaiázere e Ansião (Leiria) Penela, Condeixa-a-Nova e Coimbra (distrito de Coimbra) e Mealhada, Anadia, Águeda e Albergaria-a-Velha (Aveiro).
“A fundamentação do itinerário parte da identificação da rede viária romana e medieval, bem apoiada em estudos históricos credíveis e vestígios arqueológicos, com indicação detalhada das fontes”, explicou a portaria publicada em Diário da República.
A certificação “visa reconhecer e preservar o património cultural e natural associado ao Caminho de Santiago e assegurar os serviços de apoio adequados aos peregrinos.”
O novo itinerário “apresenta condições de segurança, transitabilidade, equipamentos de apoio e informação”.
Em vários troços os itinerários antigos foram absorvidos por estradas modernas e contemporâneas, situações em que são propostos traçados alternativos nas proximidades.
Do traçado do Caminho Português de Santiago Central agora aprovado fazem parte quatro troços “de elevado valor patrimonial”, localizados entre Atalaia e Asseiceira (Vila Nova da Barquinha), Casal do Pote/Casal das Bernardas e Tomar, Rabaçal e Conímbriga (Penela e Condeixa-a-Nova) e o circuito urbano de Coimbra.
O pedido de certificação, que teve a concordância dos municípios atravessados, identifica ainda fontes imateriais que sustentam a antiguidade do itinerário, nomeadamente uma albergaria fundada em 1172 pela rainha D. Teresa (mãe de D. Afonso Henriques), que dá o nome à cidade de Albergaria-a-Velha e que pode ter sido precedida por uma albergaria (mansione) romana.
Fonte: Jornal de Notícias.pt; Foto, Pixabay.