Nômade, Marina já morou na China, Califórnia, Rio de Janeiro e Vale do Capão. Começou a trabalhar aos 11 anos como modelo e aos 16 se mudou para a China, onde ficou por nove meses. Hoje, transita entre Salvador, Porto Alegre e Rio. “Gosto muito disso de estar em mais de um lugar. Estou sempre aberta para o mundo e a arte é a forma com a qual eu me conecto com ele”, filosofa.

“Marina desenha como se fosse a maré enchendo. Toca violão e canta como quem faz silêncio e sorri. Quando filma, gera imagens que nos mostram o mundo como a gente queria que ele fosse.

Ao longo de um ano, esses trajetos foram documentados por traços pretos em um caderno de bordo. Até que, durante um pouso imprevisto em Feteiras, uma pequena aldeia portuguesa envolta pela Natureza, começou a expandir os desenhos. Em um galpão onde se faziam vinhos e azeite de oliva antigamente, todo fluxo de um ano se aconchegou e as cores invadiram as telas pela primeira vez em um intenso mês de produção. Quando vento não se desloca, ele redemunha! Que Coisa é o resultado desse pouso depois de muito fluxo, do amor depois da morte, dos encontros pelo mundo, do artesanal depois do digital, mas sobretudo, o fruto do desejo de celebrar a vida e o fato de estarmos aqui e agora.”