Mesmo com o triste cenário de violência que assola as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro nos últimos dias, com cenas de arrastões e assaltos não só na orla destas cidades, mas nos grandes centros também, uma pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest mostra que as capitais ainda são os roteiros mais procurados pelos brasileiros para as viagens de verão, com a capital fluminense como a mais procurada pelos entrevistados.
A lista com as cinco cidades mais procuradas pelos brasileiros são: Rio de Janeiro (21%), São Paulo (18%), Salvador (17%), Fortaleza (16%) e Florianópolis (15%). Entre os entrevistados a procura pelas praias do Nordeste também está em alta, porém a incidência de quem viajou para esta região é menor. Foto: Copacabana, crédito Luiz Teixeira Mendes-Divulgação.
Seis em cada 10 brasileiros pretendem fazer alguma viagem nacional a turismo nos próximos 12 meses. Ainda de acordo com a base de dados dos 3753 entrevistados com idade entre 16 e 59 anos e de todas as classes sociais, as mulheres estão investindo mais em viagens. 61% das mulheres entrevistadas viajaram nos últimos doze meses contra 31% dos homens e a idade entre 25 a 39 anos (43%) e 40 a 59 anos com (27%).
As classes B e C, foram as que mais viajaram em roteiros nacionais, juntas somam 74% dos entrevistados. Para o especialista em educação financeira e diretor da Multimarcas Consórcios Fernando Lamounier, planejamento é fundamental para viagens de verão. “Com um planejamento financeiro, é possível aproveitar com tranquilidade o fim de ano. Festas, viagens e compras, poderão fazer parte do orçamento do consumidor desde que este seja seguido à risca para que assim inicie um novo ano sem dívidas”, explica.
Gastos extras podem ser evitados, o planejamento é necessário em toda a viagem e não somente nas áreas e na hospedagem. Refeições, passeios, souvenirs e compra de bebidas na praia devem ser computadas. “O planejamento financeiro não serve apenas para a prevenção de obstáculos ou problemas, mas também para evitar o endividamento. Com antecedência, é possível que ao comprar uma viagem e não podendo pagar à vista, o número de parcelas mensais seja confortável ao bolso do brasileiro. Estabelecer um orçamento realista, fazer pesquisas de preços e evitar apuros na carteira vão possibilitar que as férias de fim de ano sejam ainda melhores”, enfatiza Lamounier.
Uma reserva para emergências na viagem também deve constar na previsão de gastos como uso de transporte por aplicativo, despesas com farmácias ou mesmo com o pagamento de consultas em clínicas e hospitais, locação de um veículo ou pagamento de taxas extras com remarcação de voo. “Não tem mágica. Se aumenta a procura, aumentam os valores das passagens, hospedagem e lazer. E para que as férias não se tornem uma dor de cabeça, é preciso planejar, se possível, com meses de antecedência”, finaliza o especialista.