* Por Duda Tawil –

Com a projeção de “Nas Ondas de Dorival Caymmi”, de Locca Faria, nas presenças do seu produtor Hélio Pitanga e do ator Antônio Pitanga, no dia 26 passado, a capital francesa viu aberta a 26a edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que até 2 de abril ocupa as tardes e noites do emblemático cinema L´Arlequin, no 6° distrito da Cidade Luz.

Proposto e organizado pela Associação Jangada, com direção da talentosa batalhadora Kátia Adler, o evento, verdadeira vitrine da produção nacional de hoje e de ontem, neste ano faz uma homenagem ao ator soteropolitano Antônio Pitanga, com uma seleção de seis filmes de sua extensa carreira de mais de 60 anos. Entre eles, o emblemático “Barravento”, de Glauber Rocha, 1961, ícone do Cinema Novo. Ele será projetado hoje, às 21h, seguido de um debate com o ator.

Destaque para o importante documentário “Utopia Tropical”, de João Amorim: será uma reflexão sobre a democracia e os 60 anos do golpe militar de 1964, no Brasil.

Dois filmes farão o encerramento do festival: o aplaudido “Meu Nome é Gal”, de Lô Politi e Dandara Ferreira, cinebiografia da saudosa cantora Gal Costa, que nos deixou em novembro de 2022. Ele será apresentado pelas jornalistas Rosângela Meletti e Véronique Mortaigne.

Depois, “Madeleine em Paris”, de Liliane Mutti, sobre a Lavagem da Madeleine, evento cultural criado há mais de 20 anos nas ruas da Cidade Luz, pelo santo-amarense Robertinho Chaves, que conclui mestrado em Eventos e Produção Cultural, em universidade francesa, de dia, e de noite é mestre de cerimônias no célebre cabaré Paradis Latin, no Quartier Latin.

Além dele, o protagonista, participam do documentário, seu irmão, o babalorixá Pai Pote, aquele que abre todos os caminhos para a lavagem acontecer, a ex-modelo e condessa Luana de Noailles, Jean-Yves Leloup e Dil Rodriguez.

 

O bar do cinema, pilotado por Patrícia Elu, entre um e outro filme, é o rendez-vous, ou ponto de encontro dos “jangadeiros”, como são conhecidos os festivaleiros. São, literalmente, bate-papos animados, de encontros entre amigos e apaixonados pela cultura brasileira, no embalo da caipirinha, do guaraná, da cerveja, do açaí, do pão de queijo e outros salgadinhos típicos brasileiros.

Ali do lado, no hall, em três noites, após a última sessão, acontecem as atrações musicais. Entre elas, na noite de abertura foi a apresentação de Renato Velasco e Léo Dimola, que interpretaram as lindas canções antológicas de Caymmi, prolongando a noite cinéfila; no sábado, dia 30, será a vez da roda de samba com Tomaz Miranda e Pratinha; e na festa de encerramento, a cantora Márcia Grandini (@marciagrandiniparis) acompanhada por Andrea Campagnolo, vai cantar, obviamente, o magnífico repertório que nos legou a divina-maravilhosa tropicalista Gal em seus 57 anos de carreira.

A próxima edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris estará inserida no Ano do Brasil na França de 2025!

Au revoir! Até breve!

Mais informações atualizadas sobre todo o festival: site www.jangada.org ; Instagram @cinemabresilien; Facebook @jangadafrance; e X @CineBresilParis