Por Lívia Aragão
A celebração mais importante da cidade de Lisboa está chegando, proporcionando um mês inteiro de muita alegria, cor, música, dança, comidas e bebidas típicas e, claro, manjericos (considerada a erva dos apaixonados) espalhando amor por todo o lado.
São as tradicionais “Festas de Lisboa”, em junho, em homenagem a Santo Antônio, o padroeiro popular dos lisboetas. A festividade ocorre todos os anos reunindo multidões animadas que se divertem nos arraiais, nas marchas da noite de 12 de junho, na procissão e em tantas outras atrações em tributo ao Santo nascido na capital portuguesa.
Tão afamadas e, certamente, partilhando a origem da farra junina daqui, a comemoração é um convite irrecusável aos viajantes brasileiros. Classificada no ranking dos 50 melhores festivais europeu, as Festas contarão com dezenas de eventos de diferentes expressões artísticas, reunindo o público para uma recepção coletiva e multicultural, onde as ruas da cidade cosmopolita enchem-se de luzes coloridas, correntes de papel e guirlandas luxuosas, ao som de músicas típicas e ao cheiro inconfundível de caldos verdes, pimentões e sardinhas assadas preparados em fogareiros ali mesmo ao ar livre que, geralmente acompanhados de um bom vinho, abrem o apetite até de paladares mais exigentes.
Além da comida, os Arraiais são marcados pelas músicas populares e pelas ruas enfeitadas com elementos alusivos ao festejo, lotadas por uma multidão dançando e animando, em particular, os bairros históricos de Lisboa.
Outra tradição antiga, as Marchas Populares despertam a cultura pura de coletividade bairrista. Assim, todos os anos, na noite de 12 de junho, grupos de Alfama, Bica, Bairro Alto, Castelo e Mouraria desfilam na emblemática Avenida da Liberdade, competindo entre si pelo título de melhor marcha segundo a escolha do júri. Na ocasião, há ainda uma grande festa com arraiais e bailes estendendo-se até a madrugada, permitindo a troca entre as diferentes culturas e hábitos, bem como a reciprocidade entre o tradicional e o alternativo, a renovação e a inovação.