TOUR CULTURAL – Por Duda Tawil –
Finde de artes visuais em Cascais e no Estoril
O artista visual gaúcho Renato Rodymer, amanhã, dia 27, fará vernissagem de coletiva na sua galeria e ateliê Casa da Guia, em Cascais, Portugal. Além dele, tomam parte da mostra, que se chama Summer Art 24 e fica até 27 de setembro: Sylvia Borba, Francïéllen Búrigo, Dirce Fett, Dé Garcia, Henrique Raizler, Kero, Kinkas Caetano, Marco Monteiro e Marcelo Fasolari.
No domingo, dia 28, a Galeria de Arte do Cassino Estoril, em Portugal, que tem Pedro Lima de Carvalho como diretor,inaugura o 43º Salão Internacional de Pintura Naïf, o mais antigo do mundo.
São 20 artista selecionados para esta exposição, com trabalhos de qualidade e autenticidade naïf, caracterizada essencialmente pelos muitos detalhes, o pormenor e uma diversificada paleta de cores.
Estarão expostas obras dos artistas visuais A.Barbosa, António Poteiro, António Réu, Augusto Pinheiro, Bento Sargento, Conceição Lopes, Dupont, Eduardo Mendes, Emil Pavelescu, Estrela Santos, Evaristo Navarrete, Feliciana, Fernanda Azevedo, Ivone, João de Deus, Manuel Castro, Maria Tereza, Vilanova, V. Peleja e Zé Cordeiro. A mostra fica até 16 de setembro.
Em Sampa, Luzia Moraes recebeu o Prêmio Africa Friends
A jornalista Luzia Moraes recebeu o Prêmio Internacional Africa Friends em São Paulo, no Memorial da América Latina. Produtora cultural, escritora e ativista ambiental baiana Luzia Moraes recebeu a distinção pela sua trajetória da arte no mundo, sendo um prêmio humanitário, para os que se destacaram no ano de 2023.
Personalidades que, pelas suas ações, contribuições, projetos, tecnologias, vocações religiosas, voltados à comunidade, ao meio ambiente, ao animais, ao terceiro setor, às energias renováveis, ao agronegócio, ao agroindustrial, às tecnologias, ao entretenimento, aos esportes de maneira geral, ao jurídico, à governança, às lideranças políticas, ao marketing e endomarketing, ao mercado financeiro em geral, à classe artística, entre outros, deram, e dão, sua contribuição.
Na ocasião, o presidente do Instituto Azusa, comendador Sérgio Santos de Melo, saudou a presença de várias autoridades dos Governos Federal, Estadual e Municipal, além de vários empresários, embaixadores, câmaras de comércio de diferentes países e representantes de importantes universidades no exterior. A premiação contou com o apoio da Prefeitura de São Paulo e Governo do Estado, através de suas secretarias. e também de organizações internacionais.
”A História do Zoológico” e o Teatro do Absurdo
Amanhã, dia 27, às 19h30, é a última oportunidade de se ver, no Espaço Cultural Casa 14, na Rua Frei Vicente, 14, Pelourinho a peça “A História do Zoológico” (The Zoo Story), de Edward Albee, clássico da dramaturgia norte-americana, que tem montagem soteropolitana com direção de Adson Brito do Velho. A peça coloca em cena os atores Alexandro Beltrão (no papel de Peter) e Admilson Vieira (interpretando Jerry).
Classificada como “Teatro do Absurdo”, a obra, de um único ato, escrita em 1958, que estreou em Berlim, na Alemanha, em 1959, é um clássico da dramaturgia universal. O autor, Edward Albee (1928-2016), é um dos maiores dramaturgos norte-americanos do século XX. A ação é ambientada no pós-guerra, momento em que o mundo vivia assombrado com a possibilidade da detonação de uma bomba nuclear que ameaçava dizimar a humanidade.
Alentejo: Maga no Festival Músicas do Mundo de Sines
A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, se apresentou na quarta no 24° Festival Músicas do Mundo, em Sines, cidade portuguesa do litoral, na região do Alentejo, a 150km de Lisboa ou a cerca de 2h pela ponte Vasco da Gama e a estrada. A cantora e compositora está a brilhar de novo no exterior, levando a Bahia mais longe, nesta que é a 24a turnê internacional de sua carreira, e a primeira depois da pandemia.
O seu belo uma ode à Bahia, do princípio ao fim, nesta turnê europeia orquestrada por seu empresário no exterior, o argentino Dario Vaccaro. Em 13 dias, Maga está (en)cantando por sete cidades de seis países, tendo começado por Liubliana, na Eslovênia, onde se apresentou pela primeira vez, idem em Sines, depois Berlim, e hoje em Londres na mesma noite do Ilê Aiyê – também em turnê pela Europa e Marrocos a festejar os 50 anos do “mais belo dos belos”, o primeiro bloco afro da história, e que ontem fez show no B. Leza, em Lisboa -, seguindo por Amsterdam, uma cidade da Bélgica e Frankfurt, novamente na Alemanha, onde encerra.
O berimbau que abre o espetáculo, tocado por Pururu, percussionista do Candeal, na música “Chegar à Bahia”, ela surge majestosa em cena. Agradece a todos pela presença, feliz por estar de volta ao seu imenso público no exterior. 4.500 pessoas a aguardavam no terreno interno às muralhas do Castelo de Sines, fortaleza medieval construída sobre uma falésia no século XV, em cenário espetacular, e o imenso palco armado. A segunda música é uma homenagem à doce Diva, que era doceira, a sua saudosa mãe, que diz “a minha diva” (seu pai, motorista).
O repertório vai evoluindo em novos arranjos e interpretações personalíssimas para obras-primas dos mestres baianos Caymmi “Suíte dos Pescadores”, Gil “Tempo Rei”, Caetano “Um ìndio” e Brown com “Dandalunda”, sucessaço que o Cacique do Candeal compôs para ela. A ministra leva nossa genuina cultura pelo Velho Continente. Faz parte desses artistas que aqui fora são como embaixadores da cultura brasileira, e que mais tarde contribuem para o turismo, pois mais pessoas passam a ter interesse em visitar o país. “Marinheiro Só”, de domínio público, vinda do folclore, é um exemplo disso, depois adaptada por Caetano.
É óbvio que não faltam seus grandes sucessos, e sua força interpretativa para as músicas que fizeram a menina da Boa Viagem explodir para o Brasil em 1987, com “Faraó”, e pouco depois para o mundo: a sua primeira turnê em 1991, depois de ser catapultada para o exterior graças a uma colaboração com David Byrne, ex-Talking Heads, no final dos anos 80, que ficou fascinado por seu trabalho “Ifá – Um Canto pra Subir”, e a convidou, lembrou ela para jornalistas nos bastidores do show do FMM de Sines. Maga explodiu desde então na cena world music quando “Elogibô”, deste álbum, estourou. Na sequência, é a criadora do Movimento Afro Pop Brasileiro no final dos anos 90, de identidade artística de comportamento, não somente um rótulo musical, e de lá pra cá e já trilha uma brilhante carreira de 36 anos.
Axé!
Edição: Nelson Rocha
