Turismo é fomentado em terras de comunidades indígenas durante seminário na Bahia

 

Por André Martins –

Ações voltadas ao desenvolvimento do turismo responsável em comunidades indígenas foram o foco da participação do Ministério do Turismo no I Seminário Nacional de Etnovivências e o Enfrentamento à Crise Climática, realizado entre os dias 26 e 30 de julho na cidade de Porto Seguro (BA). Idealizado pelo Instituto Pataxó de Etnoturismo (Aspectur) e apoiado pelo MTur, entre outros parceiros, o evento reuniu lideranças governamentais e de povos tradicionais para a troca de experiências e a construção de estratégias de desenvolvimento sustentável e responsável do etnoturismo.

Ambientado na Reserva Pataxó da Jaqueira, o seminário teve a presença da coordenadora-geral de Turismo Sustentável e Responsável do MTur, Carolina Fávero, e do coordenador de Apoio Administrativo da Assessoria de Participação Social e Diversidade do MTur, Rodrigo Moreles. Carolina Fávero, que juntamente com representantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) coordenou um Grupo de Trabalho sobre Turismo de Base Comunitária em comunidades indígenas, citou iniciativas destinadas a fomentar a atividade. Entre elas, o Experiências do Brasil Original, projeto do governo federal que apoia a estruturação de produtos e roteiros turísticos de comunidades tradicionais.

 

Evento apoiado pelo Ministério do Turismo na cidade de Porto Seguro reuniu lideranças governamentais e de povos originários para a troca de experiências e a construção de estratégias de desenvolvimento sustentável. Foto: MTur.

 

 

Carolina Fávero apontou a atenção do MTur à valorização da cultura indígena e à consequente geração de emprego e renda por meio do turismo. “Estamos vivendo um momento de prioridade no MTur, como nunca antes, ao desenvolvimento do turismo indígena, a valorização da cultura, a conservação da natureza e a geração de emprego e renda de forma justa para os povos originários, pontos essenciais ao enfrentamento à crise climática”, frisou.

Como resultado do Grupo de Trabalho, foi elaborado um documento com as principais demandas dos povos originários para o desenvolvimento do turismo em seus territórios e a criação da Rede Nacional Indígena de Etnoturismo, que se chamará “Kuywa Inare”, reunindo lideranças indígenas que organizam atividades turísticas em suas comunidades. A Rede vai proporcionar o intercâmbio de informações e uma atuação organizada por apoio à causa.

A coordenadora Carolina Fávero adiantou novas iniciativas já organizadas na área, como o lançamento da 2 ª edição do Experiências do Brasil Original, um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério dos Povos Indígenas e a Funai (Fundação Nacional do Índio) e a organização de Grupo de Trabalho junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para o desenvolvimento de um Programa Nacional de Etnoturismo, entre outras.

O suporte do MTur ao evento se deu a partir de uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por meio do Projeto Brasil, Turismo Responsável, de estímulo à adoção de boas práticas no setor. A cooperação envolve a confecção de material técnico-orientador sobre a visitação a territórios de povos originários e tradicionais; o apoio ao desenvolvimento do turismo responsável em comunidades indígenas e a realização de eventos nacionais e internacionais alusivos à temática.

SUPORTE 

Promovido conjuntamente com os ministérios dos Povos Indígenas, da Igualdade Racial, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e a Universidade Federal Fluminense (UFF), o Experiências do Brasil Original orienta a estruturação de produtos turísticos em comunidades tradicionais. A iniciativa inclui ações de diagnóstico, capacitação, formatação e comercialização, possibilitando que atrativos integrem a oferta turística nacional.

O MTur disponibiliza um guia de implementação do Projeto Experiências do Brasil Original pelas esferas de governo estaduais e municipais. O documento apresenta toda a metodologia para a replicação de ações locais com potencial de promover inserção social, desenvolvimento econômico e a valorização dos recursos naturais e culturais em territórios indígenas e quilombolas por meio do turismo de base comunitária. (Acesse AQUI o guia). Fonte: Ascom MTur.

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