Por Cláudia Bispo
Junto ao turismo de natureza e ao turismo de aventura, o cicloturismo, uma das atividades do setor que mais cresce no Brasil, atrai diversos praticantes que adoram conferir as belas paisagens e biomas do país. Nesta segunda-feira (19.08), comemorou-se o Dia Nacional do Ciclista, e o Ministério do Turismo separou opções de trilhas para quem não perde um passeio.
A fim de fortalecer e promover atividades turísticas realizadas a partir de meios de transporte não motorizados, como a bicicleta, o governo federal disponibiliza a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (RedeTrilhas), que identifica roteiros em meio à natureza.
A iniciativa é realizada por voluntários da sociedade civil em parceria com os ministérios do Turismo, do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Parte das trilhas, sinalizadas com o símbolo de pegadas amarelas e pretas, pode ser percorrida de bicicleta.
“Atualmente, o Brasil conta com cerca de 10.604 km de trilhas sinalizadas para caminhantes e/ou ciclistas, que já são produtos turísticos consolidados, conforme recente mapeamento realizado pelo Boletim de Inteligência do Mercado de Trilhas do Brasil”, comenta a coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do MTur, Fabiana Oliveira.
Confira dicas do Ministério do Turismo para a prática de cicloturismo, separadas pelas cinco regiões do país:
REGIÃO NORTE
– Localizada no Acre, abrangendo os municípios de Brasiléia e Xapuri, a Trilha Chico Mendes corta seis seringais. No percurso, é possível acompanhar o trabalho dos extrativistas, comer de sua comida, dormir nos redários rústicos próximos de suas casas e viver uma experiência muito além do pedal. Após o jantar e antes do merecido sono, pode-se ouvir “causos” de seringueiros sobre animais e seres sobrenaturais e imaginários da floresta. A trilha possuiu 54 km de distância e ainda oferece experiências como cachoeira, visita a comunidades tradicionais, observação da coleta de castanha, da flora, da fauna e rapel.
NORDESTE
– Localizada na Paraíba, entre as cidades de Araruna, Dona Inês, Riachão, Tacima e Cuité, a trilha Caminho das Ararunas é uma opção para quem procura aventura na natureza e trekking em regiões serranas, reunindo mais de 125 km de percurso. No trajeto, turistas e paraibanos ainda podem se hospedar em casas de camping, residências de moradores ou pousadas e hotéis da região. As experiências oferecidas no local passam por observação astronômica, de aves e flora, gruta, sítios arqueológicos e visita a comunidades quilombolas.
CENTRO-OESTE
– Em Goiás, o Caminho dos Veadeiros engloba os municípios de Formosa, Planaltina de Goiás, Água Fria de Goiás, São João d’Aliança, Alto Paraíso de Goiás, Colinas do Sul e Cavalcante. A trilha, que possuiu 490 km e tem uma duração de aproximadamente nove dias de bicicleta, integra o Caminho dos Goyazes, também componente da RedeTrilhas. O Caminho dos Veadeiros conecta trilhas no Cerrado e estradas que acompanham o relevo da Serra Geral do Paranã e toda a sua variedade de paisagens, com cachoeiras, escalada, canionismo, observação de fauna, tirolesa e muita hospitalidade goiana.
SUDESTE
– No estado de Minas Gerais, o Caminho Saint Hilaire tem 192 km de ciloturismo, com duração estimada de 9 dias. O percurso forma um corredor natural, histórico, religioso, cultural, gastronômico e medicinal de povos tradicionais. Em uma das mais belas regiões da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço Meridional, o trajeto conecta 11 comunidades e três cidades importantes para o turismo mineiro: Diamantina, Serro e Conceição do Mato Dentro. O caminho proporciona cachoeiras, grutas, observação astronômica, da flora, experiências rurais e terapias integrativas.
SUL
– No Rio Grande do Sul, a Trilha Cassino Barra do Chuí abrange as cidades de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, em um percurso de 223 km. O visitante percorre caminhos entre conchas, dunas, naufrágios e faróis, pela zona da Estação Ecológica do Taim e próximo à Lagoa Mangueira. No trajeto, pode-se desfrutar de experiências como a observação de aves, fauna e flora, além de belas praias e ruínas de naufrágios históricos.
REDETRILHAS – A Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade é uma iniciativa do governo federal destinada a conectar pontos de interesse do patrimônio cultural e natural brasileiro. A RedeTrilhas foi instituída pela Portaria Conjunta n° 407, de 19 de outubro de 2018, e regulamentada pela Portaria Conjunta nº 500, de 15 de setembro de 2020, como resultado da cooperação entre o então Ministério do Meio Ambiente, o MTur e o ICMBio.
ORIENTAÇÕES – O Boletim de Inteligência de Mercado no Turismo – Trilhas do Brasil, idealizado pelo Ministério do Turismo, reúne 32 roteiros de longo curso e informações relevantes ao turista. Entre elas, as distâncias em quilômetros; o grau de dificuldade dos trajetos; a duração do percurso em dias; os biomas disponíveis; a altimetria das regiões; os municípios envolvidos; como chegar; redes sociais e QR Codes que direcionam para mapas das trilhas e atividades e experiências ofertadas em cada uma delas.
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Fonte: Ascom MTur – Foto: Freepix