Turismo esportivo: EUA no top 10 dos mercados emissores para o golfe em Portugal

Em 2023, o número de voltas de golfe em Portugal cresceu 5% face ao ano anterior e os EUA ficaram pela primeira vez entre os 10 principais mercados emissores para este setor, segundo um estudo promovido pelo CNIG e pela CTP.

 

Dados do Estudo Impacto Económico do Golfe em Portugal, promovido pela Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG) e pela Confederação de Turismo de Portugal (CTP), desenvolvido pela Ernst & Young Parthenon revelam que em 2023 o número total de voltas de golfe realizadas em Portugal, que se cifrou em 2.412.612 , registou um aumento de 5% face ao ano anterior.

Relativamente ao perfil de visitantes, o estudo revela que voltou a estar alinhado com a realidade pré- pandemia com o claro predomínio de golfistas estrangeiros (74%). Ainda assim merece destaque o ligeiro reforço da quota de sócios no total de voltas nos últimos dois anos (31%) face a 2019 (27%).

Nuno Sepúlveda, presidente da Direção do CNIG, refere que “a recuperação da prática do golfe é relevante para o próprio setor, mas também para o turismo e a economia portuguesa, uma vez que o seu valor económico não se esgota no rendimento e empregos gerados nos campos de golfe”.

Segundo o especialista, “para além do efeito de arrastamento gerado pelos seus consumos intermédios (manutenção, reparação, utilities, mercadorias), o golfe em Portugal atua também como alavanca da procura de alojamento, restauração, transportes, comércios e atividades de lazer, fruto da capacidade de atração de praticantes estrangeiros com maior poder de compra que o “turista médio”, gerando um impacto por hóspede mais significativo”.

A estes impactos, afirma ainda o presidente do CNIG, acrescem outros, nomeadamente “no imobiliário e construção, que decorrem dos “investimentos em turismo residencial por parte dos visitantes”.

No que se refere aos mercados de origem dos golfistas que demandam os campos nacionais, os britânicos assumem um peso relevante no número de voltas totais, contribuindo para a redução da sazonalidade turística.

“O Reino Unido é o maior mercado emissor de turistas de golfe para Portugal”, refere o estudo, fazendo notar que este mercado representa cerca de “33% do total de voltas em 2023 – posição que já ocupava antes da pandemia e que tem vindo a ser consolidada”.

O estudo sublinha, ainda, que os praticantes de golfe britânicos destacam-se pelo seu peso na região algarvia (cerca de 46% das voltas, em 2023), enquanto nas restantes regiões do país os praticantes portugueses representam o principal mercado emissor – com especial relevância na Região Autónoma dos Açores e no Norte – com exceção na Região Autónoma da Madeira, onde a Dinamarca lidera o número total de voltas (cerca de 35% das voltas em 2023).

Entre os principais mercados emissores, em 2023, também se destacam os praticantes de golfe suecos (6%), alemães (6%) e franceses (4%).

Destaque, ainda, para os EUA, que são o único mercado não europeu a integrar o top 10 de voltas em Portugal, representando já 1,2% dos principais mercados emissores. “Acreditamos que os EUA têm um enorme potencial, nomeadamente com a abertura das rotas diretas, da United Airlines, para Faro já no próximo ano”, afirma o presidente do CNIG, Nuno Sepúlveda. Fonte: turisver.pt

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