Tour Cultural – Duda Tawil –
Robinson Khoury: “Mÿa” no Café de la Danse, em Paris
Trombonista francês de origem libanesa, nascido em Lyon, Robinson Khoury lançou seu novo álbum, intitulado “Mÿa”, em show no Café de la Danse, no 11° distrito de Paris, perto da Bastilha, na segunda-feira
A primeira parte da noite ficou a cargo do egípcio Mohamed Abozekry e seu espetacular alaúde.
A nova formação musical de Robinson para este novo trabalho reúne, além dele no trombone, sintetizadores e canto; Anissa Nehari, na percussão e voz; e Léo Jassef, no piano, sintetizadores e voz também. Nos back vocals, Lynn Adib e Natacha Atlas, esta não pode comparecer à noite de lançamento.
A casa esteve lotada e no final aplausos efusivos pediram um bis.
Mãeana em novembro na Casa da Mãe
Devido ao sucesso, a cantora Mãeana traz de volta nas segundas-feiras de novembro, ao palco da Casa da Mãe, no Rio Vermelho, o aplaudido show Mãeana canta JG. É uma homenagem a dois compositores, de estilos diferentes, com as mesmas iniciais: João Gilberto e João Gomes.
Acompanhada pelo músico Bem Gil, seu marido, ela diz sobre o trabalho: “Imaginar João Gilberto no piseiro e João Gomes na bossa nova foi a semente desse show”. Que é, aliás, imperdível!
Cláudia Cunha homenageia o amor em Gal
Apaixonada desde sempre pela arte imortal da nossa cantora maior, a saudosa Gal Costa, a cantora e compositora Cláudia Cunha, a mais baiana das paraenses, formada pela Universidade Federal da Bahia, depois do aplaudido show “Solar”, faz mais uma homenagem à Musa do Tropicalismo, no novo show “Cláudia Cunha canta Gal – suas canções de amor”.
A apresentação será no Teatro Salesiano, no bairro de Nazaré, em Salvador da Bahia, no dia 19 de novembro, e com ela no palco dois grandes músicos da cena soteropolitana, que são Marco de Carvalho, no piano, e André Becker no sax e na flauta.
Imperdível!
“Madeleine à Paris” lançado na Mostra São Paulo
Depois de Paris e Bordeaux, ambos dentro do Festival do Cinema Brasileiro, e Miami e Nova York, nos dois “Festival Infinito”, o filme “Madeleine à Paris” fez sua estreia no Brasil na Mostra São Paulo, em badalado cine da Rua Augusta.
Com a presença da diretora Liliane Mutti, a sessão teve depois um rico debate com o público interessado nessa coprodução franco-brasileira. Quem estiver em Sampa ainda pode assistir, pois resta uma sessão do filme, que tem atraído um público interessado no Candomblé, na temática LGBTQIAP+ e, é claro, Paris e Santo Amaro da Purificação. Sim, pois ao lado de Robertinho Chaves, criador da lavagem na Cidade Luz, essas cidades são coprotagonistas!
A produção é da Toca Filmes e tem a Urubu Filmes como produtora associada; Daniel Zarvos produtor executivo; e Solange Cidreira e Tina Tigre, as produtoras no internacional.
O filme segue em cartaz na Mostra São Paulo, até amanhã, sábado 26, às 17h10, no Cinema Frei Caneca.
Expo Favela Innovation em edição parisiense
Os grandes músicos Philippe Powell, no piano, Kayodé Encarnação na percussão e Matheus Donato no cavaquinho, apresentaram, na terça, no Studio de l´Ermitage, em Paris, o show Orin Ayó, para fazer o lançamento da Expo Favela Innovation.
Esse evento acontece durante dois dias, 25 e 26, hoje e amanhã, dirigido pela paulista Karina Tavares, há 20 anos na França, na sua primeira versão internacional, na Albert School, no 10° distrito da Cidade Luz. Karina vem há um ano e meio planejando, batalhando e sonhando com o evento, que logo mais se torna realidade. E Kayodé é o presidente da CUFA France.
A noite foi apresentada pelo jornalista Danilo Rocha Lima, e além de Karina, tomaram a palavra a comissária para a França do “Ano France-Brésil de 2025”, Anne Louyot, e o comissário para o Brasil, Emílio Kalil. Eles elogiaram a iniciativa na perspectiva do grande evento do ano vindouro, de abril a setembro na França, e de agosto a dezembro no Brasil. Sensível observador da cultura nacional, a noite foi prestigiada pelo subsecretário da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador da Bahia – Secult, Walter Pinto Jr.
Antes do show dos músicos, o DJ José Çaravá, célebre nas noites parisienses, comandou as pick-ups, e depois houve apresentação de dança: a coreografia “Aldeia” com Rosângela Silvestre, e Marivaldo dos Santos na percussão. Baianos, morando nos Estados Unidos, são talentosos irmãos de sangue e de cena. Ela tem formação na Ufba, onde fez licenciatura e pós-graduação com especialização em coreografia. Há anos, fundou no Centro Histórico de Salvador a Silvestre Associação Cultural (@silvestreassociacaocultural) . Ele é um dos maiores músicos brasileiros, tendo viajado o mundo com o Stomp!
Bravos sobretudo a Celso Athayde, o mais revolucionário e visionário empreendedor brasileiro, fundador da poderosa CUFA, a Central Única das Favelas, por lançar a Expo Favela na França e tentar conectar as comunidades periféricas dos dois países. (www.cufa.org.br). Uma das mais aguardadas mesas na agenda da programação é o “Afroturismo”, às 14h de amanhã.
A madrinha da Expo Favela é a cheffe mineira Alessandra Montagne (@alessandramontagne) ; o ex-jogador Rai, da Associação Gol de Letra, é um grande parceiro; assim como o rapper Abou Tall; e o ex-senador Aloysio Nunes, que representa a APEX, igualmente. Os patrocinadores: Thibault Guilluy, diretor-geral de France Travail, importante político francês; o investidor Paul Lê, CEO da Fricht; e o banco público francês BPI.
Toda a programação e demais informações: www.expofavela.fr
Antônio Interlandi brilha em “Dois Pianos”, em Paris
Ontem foi noite de première mundial, no 360 Paris, no 18° distrito da Cidade Luz, do espetáculo “Dois Pianos e o Olhar Perdido em Direção ao Mar”, com direção da portuguesa Maria de Medeiros No palco dois pianistas franceses – Suzanne Ben Zakoun e Mathieu El Fassi – e o ator, cantor e dançarino paulista Antonio Interlandi, que esbanja presença de cena, a cada gesto e expressão corporal, mudando camaleônico a cada interpretação do belíssimo repertório.
O texto de Simon Liegben, de frases curtas, como passagens breves da vida, feita de encontros, desencontros, (des)ilusões e esperanças, é o fio condutor desse monólogo muito mais cantado do que falado, concebido pelo próprio Antonio e Mathieu El Fassi.
É uma viagem ao interior dos sentimentos do personagem, que oscila entre a tristeza e o riso, num vai-e-vém constante de emoções. O palco todo escuro, assim como seu figurino, e grandes músicas que fazem parte da trilha de cada um.a no plateia, cantadas com competência em cinco línguas: português, francês, inglês, espanhol e italiano.
As brasileiras são de autoria de Chico Buarque, como “Maria e João”, que abre o espetáculo. Espetáculo esse que tem tudo para viajar o mundo e agradar a todas as plateias. Salvador merece estar no seu roteiro!
Antônio domina o espetáculo do início ao fim com carisma e enorme talento (crédito: Duda Tawil – PTT).
Editor: Nelson Rocha, de Portugal.