Tour Cultural # Duda Tawil –
Aurore Voilqué (en)canta no Barbizon, em Paris
No contexto do 13° Jazz sur Seine, maior festival musical do outono parisiense, que tomou conta da cena jazzy da capital francesa e também clubs da sua região metropolitana, em outubro, atraindo mais de 13 mil festivaleiros, a cantora e violinista Aurore Voilqué fez um bonito show no Barbizon, prestigioso bar e restaurante do 13° distrito da Cidade Luz, para mostrar ao vivo o seu álbum solo 45, Juste une parenthèse, totalmente dedicado à canção francesa.
Intimista, se tratava de um trio, pois além dela no violino e no canto, estavam o violonista francês Sébastien Giniaux, também autor de algumas músicas apresentadas, e compostas especialmente para ela, e Fabrício Nicola no baixo, músico francês de origem colombiana e venezuelana.
Aurore é virtuose no instrumento pelo qual se dedica e se apaixonou desde os 4 anos de idade, e nunca mais parou!!! Ela é simplesmente a violinista da banda do jovem cantor de música popular francesa Thomas Dutronc, por sua vez filho de duas lendas da canção francesa: a cantora Françoise Hardy, que nos deixou este ano, e Jacques Dutronc, artistas com mais de 60 anos de estrada, e sempre no auge.
Aos 45 anos, no álbum cujo título é “45”, e no qual acrescentou “Apenas um parêntese…”, e bem comunicativa com o público, explicando e brincando com algumas letras e parcerias, ela nos revela os seus sentimentos de hoje. Não faltaram canções de lendas como Serge Gainsbourg em “Black Trombone” e Jacques Brel com a belíssima “Ne me quitte pas”. Em termos de Brasil, ela costuma fazer temporadas de férias com a família numa praia tranquila perto de Canoa Quebrada, no Ceará.
Thomas Dutronc será o padrinho da noite oficial de lançamento do álbum, que acontece no dia 28 vindouro, no igualmente prestigioso Jazz Club Étoile. Antes disso, no próximo dia 9, ao lado do artista, se apresenta no Cabaret Sauvage, também na capital francesa, e em 2025 começa o seu ano artístico no dia 24 de janeiro na cidade vizinha de Saint-Germain-en-Laye.
Quinteto François Poitou no Sunset, em Paris
O baixista, arranjador e compositor francês François Poitou se apresentou anteontem com seu quinteto no club Sunset, na famosa rua Duc des Lombards, na Cidade Luz, com repertório dos dois álbuns lançados e agora acrescentado por músicas folks e irlandesas, numa original mescla de modernidade e toques mais clássicos. Com ele no palco estavam Bastian Ribot no violino, Aide-Marie Duperret no sax alto, Maxime Berton na clarineta e sax soprano, e Federico Casagrande no violão.
François foi uma das grandes revelações do Festival Jammin´Juan (@jamminjuan), que acontece na cidade de Antibes / Juan-les-Pins, na Costa Azul francesa, em sua próxima edição daqui a poucos dias, de 6 a 8 deste, e que destaca os talentos emergentes da cena jazzy na França e na Europa.
Mais informações: www.francoispoitou.com
O François Poitou Quintet fez show no Sunset da rua Duc des Lombards, em Châtelet (crédito: Duda Tawil – PTT)
Manu Le Prince no Le Son de la Terre, em Paris
Embaixadora da bossa nova e do jazz brasileiro na França, há muitos anos, o chamado Latin Jazz, de repertório cool, caloroso e elegante, como ela, a cantora Manu Le Prince volta à cena parisiense no próximo dia 17, no Le Son de la Terre, no n⁰ 2, Port de Montebello, no bairro do Quartier Latin.
Em show intitulado de “World Jazz”, a parisiense se apresentará ao lado de Baptiste Herbin, Léo Montana, Acelino de Paula e Julie Saury. Haverá dois convidados especiais: o grande saxofonista Raul Mascarenhas, que durante anos acompanhou Gilberto Gil em suas turnês mundiais, e Carneiro.
“Présences” na Maison Caillebotte, em Yerres
A cidade de Yerres, na região parisiense, vai propor um final de semana festivo para o encerramento da exposição Présences, nos dias 16 e 17 vindouros, na bela propriedade que pertenceu à família do grande pintor impressionista francês Gustave Caillebotte, justamente, a Maison Caillebotte. Este tipo de evento, chamado de “finissage”, é quando a mostra se dá por concluída.
A expo Présences, ou Presenças, em português, apresenta os tesouros da fotografia da Coleção Gilman e Gonzalez-Falla, e mais informações estão no site da instituição:
Uma das obras expostas na exposição da Casa Caillebotte (divulgação)
1a Expo Favela Innovation foi sucesso em Paris
Pela primeira vez no exterior, a Expo Favela Innovation aconteceu na Cidade Luz nos dias 25 e 26 de outubro, dirigido pela paulista Karina Tavares, há 20 anos na França, em inédita e ousada versão internacional, na Albert School, no 10° distrito da capital francesa. Karina vinha há um ano e meio planejando, batalhando e sonhando com o evento, que foi um sucesso. O músico Kayodé Encarnação é o presidente da CUFA – Central Única das Favelas / France.
Parabéns a Celso Athayde, também presente, o mais revolucionário e visionário empreendedor brasileiro, fundador da CUFA, a Central Única das Favelas, por lançar a Expo Favela na França e por tentar conectar as comunidades periféricas dos dois países (www.cufa.org.br).
Uma das prestigiadas mesas-redondas na agenda da programação foi dedicada ao Afroturismo, e contou com a presença de Tânia Neres dos Santos, que foi especialmente de Brasília, para o evento. Ela é a coordenadora de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Embratur.
Tânia Neres, da Embratur, participou da mesa-redonda sobre Afroturismo (crédito: Duda Tawil – PTT)
Leona Cavalli e “O Elogio da Loucura”, em Salvador
A atriz Leona Cavalli desembarca em Salvador neste mês para três apresentações do espetáculo “O Elogio da Loucura”, uma adaptação da obra homônima de Erasmo de Rotterdam, considerada uma das mais influentes da civilização ocidental.
Com dramaturgia da atriz e do diretor Eduardo Figueredo, a peça faz uma curta temporada na Caixa Cultural, na Carlos Gomes, nos dias 8 e 9 vindouros, às 20h, e no dia 10, um domingo, às 19h.
O espaço oferece acesso a pessoas com deficiência e sessões com intérprete de libras, e conta com o patrocínio da Caixa Cultural e do Governo Federal.
Nesta versão para o teatro, Leona interpreta a Loucura, que se apresenta como personagem, mantendo a ótica, o sarcasmo e a sagacidade do conteúdo original da obra. No palco, a atriz tem a companhia dos músicos Rafa Ducelli no violoncelo e Cika na percussão. E é imperdível!
Leona numa das cenas da clássica peça (foto: Henrique Bucher – divulgação)
Editor: Nelson Rocha, de Portugal