Artes plásticas, cultura afro e música ao vivo são destaques no Tour Cultural. Confira!

Tour Cultural # Duda Tawil –
 
 14a edição do Troféu Abebé de Prata, no Recife
Com mais de 13 anos de  realização, o Troféu Abebé de  Prata – Mãe Dadá, chega à sua 14ª edição, sob a dedicada guarda do Abassá Omim Axé de Dandalunda, através das lideranças dos dirigentes Tata Moacir de Angola e o Tata N’dengi Gleiston.
Trata-se de uma celebração destinada à preservação, valorização e disseminação da cultura afro no Brasil, através de homenagens a figuras e entidades artísticas, da política, da comunicação e da sociedade, que se destacam em todo o território nacional, no que diz respeito a empregar esforços na transmissão, divulgação e dignificação das religiões de matriz africana.
O projeto propõe a realização de um cerimonial onde é feita a entrega de um  troféu de cobre fundido com prata, a 15 homenageados, com apresentações artísticas, de cultura de matriz africana, oriundas das matrizes religiosas da comunidade do candomblé e de terreiros, do Estado de Pernambuco e de todo território nacional. Em uma celebração que pode ser considerada como o “Oscar do Candomblé”, o Troféu Abebé de Prata – Mãe Dadá destaca e premia aqueles que se dedicam a transmitir os valores culturais, religiosos, éticos, literários e históricos que fortalecem a referida comunidade.
Segundo o artista visual baiano Ed Ribeiro, “a história do Troféu Abebé de Prata – Mãe Dadá é marcada por mais de uma década de realizações bem-sucedidas, com 13 edições anteriores que consolidaram o evento como uma referência na promoção da cultura afro-pernambucana. Cada edição contribuiu para a construção de um legado de reconhecimento, conscientização e inclusão, fortalecendo os laços entre as comunidades afro-descendentes e influenciando positivamente a sociedade em geral. Seu diferencial reside na histórica de resistência peculiar ao povo de terreiro, que não se deixa afrontar nem pela escassez de recursos e nem por portas fechadas pelo
preconceito religioso e na profunda vontade de promover a cultura e a religiosidade afro-pernambucana, combinando a celebração artística com o reconhecimento ao direito de visibilidade dessas comunidades”.
Da Bahia, duas pessoas serão laureadas: a jornalista Alessandra Bastos, fundadora do grupo de comunicação FB – Farol da Bahia; e Adriano Azevedo, apresentador do poscast Podomblé. A premiação acontece no próximo domingo, dia 10, no Teatro Luiz Mendonça, na Boa Viagem, em Recife-PE, às 17h, com entrada gratuita.
“Iansã”, tela de Ed Ribeiro, do colecionador e irmão querido dele, Carlinhos Brown (foto: arquivo pessoal do artista).
 
 
       “Miúcha, a Voz da Bossa Nova”: Brasil na Sorbonne

“Miúcha, a Voz da Bossa Nova” será exibido no renomado festival “Música nas Américas”, realizado pela Universidade da Sorbonne, em Paris. Único filme brasileiro selecionado para o evento, a obra, dirigida por Liliane Mutti e Daniel Zarvos, destaca a trajetória íntima e a carreira de Miúcha, uma das figuras mais emblemáticas da Bossa Nova. A sessão acontece amanhã, às 20h30, no Cinema L’Écran, de Saint-Denis, e promete levar ao público uma visão inédita sobre a cantora, revelando nuances do feminino na música brasileira.

A diretora Liliane Mutti ressalta o desafio em reconstituir a trajetória de Miúcha, devido à ausência de registros próprios que retratem seu protagonismo. “A nossa música tem sido um forte ponto de atração para os nossos cinemas. Isso mostra a potência e a transversalidade da cultura brasileira para o mundo. Fico imensamente feliz de ver “Miúcha” sendo visto por públicos de mais de 40 países, onde o filme já circulou”, comenta Lili.

Primeira cinebiografia sobre Miúcha, o documentário revisita sua vida entrelaçada com ícones culturais e traz também as mulheres que marcaram sua trajetória. Entre os registros resgatados estão momentos com a poeta chilena Violeta Parra, responsável pela introdução de Miúcha a João Gilberto, e uma reunião com Simone de Beauvoir na casa dos Buarque de Hollanda, no Rio. Esses bastidores compõem uma narrativa singular sobre a cantora, que também explora sua libertação artística e emocional ao lado de Vinicius de Moraes, Stan Getz e Pablo Milanés.

“A exibição de “Miúcha, a Voz da Bossa Nova” na Sorbonne celebra a memória e a obra de uma mulher que reposiciona o lugar da mulher na música brasileira”, ressalta Lili, que lembra ainda que a cantora também estudou na renomada universidade francesa, o que torna a sessão deste sábado ainda mais especial.

A voz de Miúcha é entrelaçada na narrativa com leituras de suas cartas e diários, interpretadas pela atriz Sílvia Buarque, sua sobrinha, em um encontro de gerações que homenageia a artista. Em sua trajetória internacional, o filme acumula conquistas, como os prêmios de Melhor Longa de Música no Festival Internacional de Cinema Indie Lisboa, e o título de Melhor Filme no In-Edit, no México.

Para esta edição de 2024 do festival, o Institut des Amériques firmou uma nova parceria com o cinema L’Écran em Saint-Denis, como parte de seu compromisso com a região periférica de Paris.

Miúcha com o irmão Chico Buarque, Tom Jobim e o empresário Aloysio de Oliveira (foto: arquivo pessoal – divulgação Still/filme).

 

 

Pedro de Rosa é “O Último Romântico” na Casa da Mãe

Esse trabalho, o mais recente do cantor Pedro de Rosa Morais, estreou no ano passado no Teatro Gamboa, em Salvador, e já rodou alguns espaços da capital baiana, sendo o mais recente no Teatro Sesc do Pelô. Querido personagem do cenáro artístico soteropolitano, versátil e talentoso, Pedro viveu por muito tempo no Rio, e é conhecido por interpretar os repertórios de grandes nomes da MPB, tais quais Cartola e Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran e Luiz Melodia, entre outros. Embora Pedro, segundo ele próprio, tenha um pé na “dor de cotovelo”, nesse show ele se diz mais leve, com um repertório mais romântico, que vai de Lulu Santos a Villa-Lobos, até as compositoras e os compositores que fazem música acontecer atualmente em Salvador.

Pedro é também ator e jardineiro profissional, e podemos ver seu trabalho no curta “Pra Gente Acordar”, dos Gilsons, dirigido por Pedro Alvarenga, onde executou o trabalho de cenografia, com plantas; no projeto Jam Session, no MAM-BA; faz parte da Cia Brasil de Teatro, com a qual acabou de se apresentar no espetáculo musical “O Mar de Caymmi” juntamente com Ilma Nascimento, Janaina Carvalho e Sandra Simões; e na segunda passada foi convidado pela cantora Mãeana para dividir com ela uma música no seu aplaudido “Mãeana canta JG”, todas as segundas-feiras, também na Casa da Mãe,  no Rio Vermelho.

O show é amanhã, sábado, dia 9, e começa às 22h. O couvert é R$30, e Pedro estará acompanhado por Vítor Póvoas, no violão; Isadora Hirata, no sax e na flauta; Caio Fonseca, na percussão; e Peu Souza, no bandolim. Terá a participação especial da cantora e cheffe Stella
Maris.

O artista Pedro de Rosa Morais no camarim (foto: Renata Larroyd – divulgação).

 

“Partituras Nordestinas” no Segundas do Chorinho
No pandeiro, Rodrigo Picolé; no bandolim, Almir Côrtes; na flauta, Gabriela Machado; no violão, Caio Oliveira. Todes, no palco, é o “Rodrigo Picolé em Quarteto” a explorar a tradição e a inovação do choro em uma apresentação que homenageia a riqueza cultural nordestina e sua importância para a música brasileira.
Assim será a próxima atração musical do Projeto ‘Segundas do Chorinho – ano 13’, com Rodrigo Picolé em quarteto, e que acontece no próximo dia 11 de novembro, a partir das 20h, como sempre na Varanda do SESI Rio Vermelho, onde os amantes do choro terão certamente a surpresa de sorridentes “chorões” convidados, que sobem ao palco para a tradicional roda de choro.
O couvert custa R$30, e tem casadinha antecipada por R$50, sendo aconselhável fazer reserva pelo zap (71) 99160-9140. O projeto é uma parceria Hessel & Siri Produções e Teatro SESI Rio Vermelho / FIEB.
O show “Partituras Nordestinas” é uma celebração do choro com foco na contribuição do Nordeste ao gênero. Dividido em duas partes, traz composições de artistas nordestinos e radicados na região, além de clássicos nacionais. Entre as obras, destacam-se as raridades “Pietosa”, mazurka de Luiza Leonardo Boccanera (1889), e “O anel de vidro”, polca de Joaquim Ferreira (1857-1859), editadas na Bahia no século XIX.
Rodrigo Picolé na próxima “Segundas do Chorinho” (foto: Luana Buenano – divulgação).

 

“Moments Immobiles” no Instituto Giacometti, em Paris

A próxima exposição da Fundação e Instituto Giacometti, na Cidade Luz, tem vernissagem no dia 14 vindouro e se intitula “Giacometti/Morandi – Momentos Imóveis”. Ela ficará aberta ao público do dia seguinte até 2 de março de 2025.

Com a mostra, o instituto do 14° distrito da capital francesa retoma a sua série de “diálogos” entre o artista visual suíço, naturalizado francês, Alberto Giacometti, morto em 1966 e conhecido sobretudo como grande escultor, e um outro artista, no caso, o importante pintor italiano Giorgio Morandi (Bolonha, 1890-1964), professor na Universidade de Bolonha e famoso por sua precisão na pintura de naturezas mortas.

A expo é feita em colaboração com o Settore Musei Civici Bologna / Museo Morandi, e tem a curadoria de Françoise Cohen, diretora do Instituto Giacometti. Catherine Grenier é a sua presidente, assim como é a diretora da Fundação Giacometti. Na comunicação e assessoria de imprensa, a grande Anne-Marie Pereira.

Mais informações: www.fondation-giacometti.fr

 

 

O Instituto Giacô abre nova expô “Giacometti/Morandi” no próximo dia 15 (crédito:  Duda Tawil – PTT).                      
 

Rezadêra volta à Varanda do SESI Rio Vermelho

 
No próximo dia 14, véspera de feriadão, a partir das 21h30, a Rezadêra apresenta show dançante na Varanda do SESI Rio Vermelho. “Rezadêra é ancestralidade futurista, ciganagem espacial, candomblé de alienígena, é Bahia e todos os santos girando e dançando uma melodia cósmica, ecumênica e universal. Quem tem santo é que entende. Quem não tem aqui acende. E ascende”, assim a trupe se apresenta.
É nesse viés que se une essa egrégora de artistas, cada um de seu ponto de energização para utilizar a música como ferramenta de transmutação. Música que eleva, acalma, ilumina e, portanto, cura. São eles: Benin (voz e direção executiva), Johnnys (voz, violão e direção artística), Lorena Lélis (voz), Juju Macêdo (voz, pandeiro e ukulele), Celso Celes (percussão, voz e efeitos sonoros), Jorge Galvão (voz, capoeira e percussão regional), Silas Silva (teclados) e Duda Rathobare (flauta transversal, percussão e maracá).
O show integra o Projeto Cores & Nomes através da parceria Rezadêra, Hessel Produções e Teatro SESI Rio Vermelho/FIEB. O couvert custa R$30, com casadinha por R$50,00, pelo Sympla. Mais informações e reserva de mesa pelo zap: (71) 99160-9140.
Devido ao sucesso, o espetáculo volta à Varanda do Rio Vermelho (foto: Fábio Bouzas – divulgação).
 
Editor: Nelson Rocha, de Portugal.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *