Por Duda Tawil, de Salvador, BA-

 

Salão de Outono na Galeria do Estoril 

A Galeria de Arte do Cas.s.ino Estoril, em Portugal, in  Salão de Outono na Galeria do Estoril augurou, no sábado,dia 9, o 38° Salão de Outono, mostra coletiva de 24 conceituados artistas visuais, habitués do espaço.  Ele fica em cartaz até 5 de janeiro do vindouro ano.

Na pintura, estão: Alfredo Luz, Branislav Mihajlovic, Cohen Fusé, Diogo Navarro, Filipa Oliveira Antunes, Gustavo Fernandes, Joana Arez, João Feijó, José Grazina, Maramgoní, Mariola Landowska, Nadir Afonso, Paulo Ossião, Pedro Castanheira e Rui Carruço; na escultura: Abílio Febra, Carlos Ramos, Filipe Curado, João Sotero, Jorge Pé-Curto, Marius Moraru, Ricardo Gigante, Rogério Timóteo e Thierry Ferreira.

Pedro Lima de Carvalho é o diretor e curador dessa prestigiosa expo de quase quatro décadas, criada pelos seus saudosos pais, Clarinda e Nuno Lima de Carvalho – ele, Cidadão Soteropolitano em 1994 – amicíssimos do igualmente saudoso casal Zélia e Jorge Amado.

Mais informações: www.estoril-sol.com

 

“Mania de você” é show em homenagem a Rita Lee 

A cantora Cris d’Ávila realiza em tributo à cantora e compositora Rita Lee no Teatro Gamboa Nova, no próximo dia 22, às 19h.

A cantora faz uma retrospectiva musical de Rita Lee desde a época dos Mutantes (Balada do Louco), às canções do álbum Tutty Frutty (Ovelha Negra), Babilônia (Eu e meu Gato), até os mais recentes álbuns gravados em parceira com Roberto de Carvalho.

O show conta com um fino repertório do melhor de Rita Lee, com célebres canções, como “Mania de você”, “Doce Vampiro”, “Amor e sexo” – estes são apenas alguns exemplos das pérolas musicais da inesquecível “Rainha do Rock” brasileiro, escolhidas no vasto repertório de Rita, de quem Cris é grande admiradora e estudiosa da carreira.

Os músicos que fazem parte da banda são: Luiz Asabranca (guitarra, violão e direção musical), Luciano Chaves (flauta transversal) e Ivan Bastos (contrabaixo).

Também professora-titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e pesquisadora convidada da Universidade de Montreal – LIRES/UdM/Ca, Cris traz no seu show gratas surpresas, como participações especiais de cantoras do cenário baiano.

Um show intimista, delicado e lúdico, no qual somos convidados a cantar e dançar juntos. “Agora só falta você!”

Mais informações:  cristdavila@gmail.com e zap (71) 99949-2545

 

Palco do Cruzeiro: música ao vivo em Salvador!

Até amanhã, 16 de novembro, o Palco do Cruzeiro, no Pelourinho, continua a receber o melhor da música ao vivo de Salvador, com apresentações a partir das 18h30. Com o apoio dos restaurantes Boteco do Pelô, Cuco Bistrô e Odoyá, a programação reúne artistas de renome e novas promessas da música baiana, numa imersão cultural especial. De ritmos afro-baianos e MPB contemporânea, a fusões inovadoras entre blues e jazz, cada noite é uma celebração da diversidade sonora e da rica tradição musical da Bahia.

Desde segunda, dia 11, por ali passaram Grupo Acarajazz, liderado pelo talentoso Reudes Nogueira.  Em seguida, Sátyra Carvalho trouxe seu carisma e profundidade musical ao palco. Depois, Nina Sol, uma das mais promissoras representantes da nova MPB. Na sequência, Elpídio Bastos mostrou seu novo projeto e seu terceiro álbum, “Sem Tirar Nem Pôr”.

Hoje, Pâmela Maranhão se apresenta pela primeira vez ali, trazendo toda a energia e autenticidade de sua música. Cantora e compositora maranhense, ela se destaca por sua carreira sólida de menos de uma década, com passagem por 14 estados e participações em importantes festivais. Além de sua música, Pâmela é uma ativista que defende a representatividade da mulher negra do Norte e Nordeste do Brasil. Seus lançamentos, como os singles “Disco Voador” e “Fuego”, mostram sua versatilidade e profundidade artística.

E amanhã, para encerrar a semana, Cid Rocha retorna ao palco com um espetáculo que celebra clássicos da MPB e do axé. Reconhecido por sua capacidade de conectar-se com o público, Cid oferece uma noite memorável, marcada pela energia e pela diversidade que são a cara da música baiana!

 

Dimenti Produções Culturais na Nova Zelândia! 

Ellen Mello, Larissa Lacerda, Jorge Alencar e Neto Machado já estão na Nova Zelândia, preparando a apresentação da peça “Dance Library” (título de “Biblioteca de Dança”, em inglês) com elenco local, no Festival Ōtautahi Tiny Performance Fest (@tinyfestivalchch), no dia 23 vindouro, na Tūranga Central Library, na cidade de Ōtautahi Christchurch.

Já apresentada com sucesso em Salvador, a peça reúne memórias da dança, em uma experiência afetuosa entre público e artistas, ao redor das mesas de uma biblioteca. A viagem inclui articulações ligadas à curadoria do IC Encontro de Artes (@icencontrodeartes) e conta com apoio do Edital de Intercâmbio Cultural do Ministério da Cultura (@minc).

 

Homenagem à grande atriz Yumara Rodrigues

A peça “Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso”, escrita por Paulo Henrique Alcântara e dirigida por Hyago Matos, retorna aos palcos para sua segunda temporada, de 21 a 24 deste, no Teatro Martim Gonçalves, no Canela, em Salvador da Bahia. Na quinta e na sexta às 20h, e no sábado e no domingo às 19h.

O espetáculo, que foi concebido como uma homenagem à grande atriz baiana Yumara Rodrigues, agora ganha ainda mais relevância após sua recente partida, destacando a importância e o legado de uma das figuras mais emblemáticas da história da cena teatral da Bahia, que em vida já era uma lenda do teatro baiano. Pois Yumara, falecida aos 90 anos no último dia 2, deixa uma marca profunda na história do teatro baiano.

Com uma trajetória de mais de 60 anos, a atriz dedicou sua vida à arte, interpretando papéis memoráveis e se destacando como um dos principais nomes da Companhia de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Seu talento, ousadia e dedicação inspiraram inúmeras gerações de atrizes, atores, diretoras e diretores.

Para Paulo Henrique Alcântara, autor da peça, “Yumara se torna sinônimo da história do teatro na Bahia, com uma carreira marcada por coragem, técnica e paixão incomparáveis”. Sua trajetória se confunde com os principais marcos da cena baiana. Em especial sua carreira está interligada com a memória da Escola de Teatro da UFBA, onde, por muito tempo, foi um dos principais nomes da Companhia de Teatro da UFBA.

Ela deu vida às protagonistas dos maiores dramaturgos mundiais. Era uma atriz de talento gritante, técnica sólida, inteligência cênica. Tinha plenos domínios dos seus recursos vocais e corporais. Era atriz sincera, plena, inteira, absoluta no palco, local onde se doava com força e paixão. Era ousada, correu riscos. Atuou por mais de 60 anos.

Para ela escrevi a protagonista da peça “Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso”. Ela não teve condições de saúde que a permitissem estar em cena, mas li com ela a peça em sua residência. Ela teve oportunidade de assistir a uma leitura dramática do texto em uma noite memorável no Teatro Vila Velha, onde foi homenageada.

A montagem do texto seguirá reconhecendo Yumara como uma inspiração, a motivação e razão de ser da criação de “Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso”, uma peça sobre mulheres, sobre a cumplicidade entre mulheres, interpretadas por oito atrizes que com seus talentos dignificam o legado de Yumara Rodrigues.”

“Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso” celebra a vida e a força das mulheres, tema central da peça, que segue os altos e baixos da personagem Celina em diferentes fases da vida. No elenco, oito talentosas atrizes dão vida à história de Celina, uma mulher apaixonada pela vida e que, já idosa e morando em um asilo, relembra sua juventude e tenta recuperar memórias importantes sobre sua relação com a irmã Sônia.

A direção de Hyago Matos, que infelizmente não teve a oportunidade de ver Yumara em cena, trouxe um toque pessoal e emocionado ao projeto. “Todos conheciam sua grandeza em cena, e trabalhar com ela era um sonho que a vida não me permitiu realizar plenamente. Sua entrega e paixão serão sempre uma inspiração”, afirma o diretor.

Ele continua: “Hoje, sinto alegria por termos prestado essa homenagem a Yumara em vida e por termos tido a chance de trazer-lhe momentos de alegria com esse projeto. Nos despedimos de Lygia Quintella Lins, mas celebramos a imortalidade de Yumara Rodrigues. Ela está eternizada na história do teatro baiano e brasileiro e faz parte do imaginário dos amantes da arte. Sua presença, seu talento e sua essência seguirão vivos em cada palco que ela tocou. Aplausos calorosos à Dama do Teatro Baiano.”

 

“Brazyl – Uma Ópera Tragicrônica” em Salvador

Após o sucesso da pré-estreia na segunda passada, em cine da Frei Caneca, em Sampa, o filme “Brazyl – Uma Ópera Tragicrônica”, do cineasta baiano José Walter Lima, chega a Salvador e entra no circuito nacional. Na capital baiana, o longa teve ontem sua première no Cinema do Museu, do Circuito Saladearte, no Corredor da Vitória, evento que contou com a presença do diretor, atores e equipe técnica. A partir deste final de semana estará em cartaz na Saladearte CineMAM, hoje, às 17h20, e no sábado, domingo, segunda e quarta, às 19h15.

Com duração de 96 minutos, a película é uma adaptação cinematográfica da peça “Brazyl: Poema Anarco-tropicalista”, apresentada em 2019 no Teatro Oficina, em São Paulo. Mesclando cinema e teatro, o filme vai além de uma crônica da história moderna e contemporânea do Brasil, revelando-se uma obra épica, visceral e sarcástica que une diferentes linguagens artísticas – cinema, teatro, fotografia, música e pintura – para abordar a verdade histórica de forma incisiva.

O longa é descrito como um “manifesto cinematográfico que desafia a complacência” e revisita a epopeia fílmica de Glauber Rocha, com influências da antropofagia de Oswald de Andrade, em uma linguagem ousada e experimental. Com cenas intensas, o filme é pensado para atingir o público como um “golpe” direto na consciência.

A narrativa, uma ficção inspirada em fatos reais, percorre momentos-chave da história do Brasil, desde a década de 1930 até os dias atuais, passando pelo golpe de 1964, a ditadura militar e o processo de redemocratização. Com uma narrativa fragmentada e densa, expõe as feridas sociais e políticas de uma nação em constante tensão.

O filme utiliza o teatro e o cinema para contar uma história política que reflete a realidade social do Brasil. Em uma obra que é ao mesmo tempo sátira e denúncia, os episódios históricos são revisitados com sarcasmo e intensidade, expondo a corrupção e as injustiças sociais. Um épico delirante, “Brazyl” reconstrói a história do Brasil, onde riqueza e poder convivem com a miséria e o caos.

O diretor e roteirista José Walter Lima concebeu o filme como uma “jogralesca política” que, com seu estilo teatral e cinematográfico, desconstrói e reconstrói a realidade. Segundo ele, trata-se uma narrativa ficcional inspirada em fatos reais, um manifesto épico delirante sobre o Brasil contemporâneo e o espírito de uma época marcada por hipocrisias”.

No elenco estão Clara Paixão, Clovys Torres, Lucas Valadares, Rosana Judkowitch, Vanessa Carvalho e Wagner Vaz. Corroteiro de Júlio Góes, artes ilustrativas da artista visual Lilian Moraes, direção de fotografia de Rodrigo Chagas, trilha sonora de Rafa Munhoz e montagem de Bau Carvalho, numa produção VPC Cinemavídeo e distribuição Abará Filmes.

 

Editor: Nelson Rocha, de Portugal