Os espaços aeroportuários necessitarão de investir 2,4 bilhões de dólares (2,1 bilhões de euros) a nível global até 2040 para satisfazer a futura procura por viagens, uma vez que se prevê que o número global de passageiros aumente para 17.700 milhões em 2043 e para 22.300 milhões em 2053, quase 2,4 vezes o volume estimado para 2024.
Esta previsão foi revelada pela ACI World no seu mais recente relatório económico, alertando que a “fragilizada saúde financeira” dos aeroportos representa “desafios significativos” para o desenvolvimento das infraestruturas necessárias para dar resposta ao grande aumento do tráfego aéreo esperado no futuro.
“Com uma procura por viagens aéreas que deverá disparar nas próximas décadas, é crucial que os reguladores implementem políticas flexíveis para apoiar os investimentos em infraestruturas aeroportuárias, garantindo o crescimento sustentável da aviação e maximizando os seus benefícios sociais e económicos”, salientou o diretor-geral da ACI World, Justin Erbacci.
De acordo com o relatório da ACI World, o volume de negócios global dos aeroportos atingiu os 146 mil milhões de dólares (128,7 mil milhões de euros) em 2023, um aumento de 21,4% face ao ano anterior, mas ainda 11,3% abaixo dos rendimentos de 2019, apesar de o tráfego aéreo estar quase recuperado em relação aos níveis pré-pandemia (menos 5,4%).
Além disso, as receitas aeronáuticas continuaram a ser a principal fonte de rendimentos dos aeroportos em 2023, atingindo os 79 mil milhões de dólares (69,6 mil milhões de euros), menos 14% do que em 2019, com uma quota praticamente inalterada de 53,6%, face aos 54% em 2019.
Entretanto, as receitas não aeronáuticas (comerciais) – “um componente vital” da sustentabilidade financeira dos aeroportos – situaram-se nos 54 mil milhões de dólares (47,6 mil milhões de euros), o que representa uma descida de 17% em relação ao nível pré-pandemia, com uma ligeira redução da sua quota de 40,2% em 2019 para 36,7% em 2023.
Por fim, os custos de capital aumentaram 4% em relação a 2022 e superaram os níveis anteriores à pandemia em 1%, ao atingirem os 40 mil milhões de dólares (32,2 mil milhões de euros), impulsionados principalmente por um aumento de 18% nas despesas com juros.
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Fonte: publituris.pt