Espetáculo luso-brasileiro “A Baba do Lobo” tem estreia mundial no Museu de Arte da Bahia

Em seu diálogo internacional e criativo com os países lusófonos, como Portugal e as respectivas nações do continente africano, desde 1999, o Teatro Vila Velha continua levando à cena discussões e temas universais. Este ano, a partir de um projeto de investigação teatral chamado “As Viúvas do Volfrâmio”, o Vila e a CEM Palcos criam o espetáculo “A Baba do Lobo”, título cujo significado remete a uma palavra de origem alemã “wolfram”, que significa “espuma” ou “baba de lobo”, também usada para batizar o metal volfrâmio (tungstênio).

A partir de uma abordagem poética, histórica e intercultural das sequelas da exploração humana e natural desse minério em cidades portuguesas, a montagem entrelaça diversos paralelos brasileiros e mundiais para debater questões como as catástrofes ambientais, a poluição, os impactos da extração de recursos naturais, as mazelas do neoliberalismo – e das guerras criadas em consequência – entre outros assuntos urgentes: a exemplo do impacto histórico da exploração de volfrâmio em Viseu (nos anos 1940), do dilema atual da mineração de lítio e dos desastres ambientais de Mariana.

A peça estreia no dia 06 de junho e segue até o dia 10, numa temporada ininterrupta de sexta até terça-feira, sempre às 19h. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), disponíveis através do Sympla (LINK) e no local, Museu de Arte da Bahia.

 

 

Com a atriz, dançarina e coreógrafa Cristina Castro (BR) e a atriz e dançarina Leonor Keil (PT) e encenação do diretor anglo-português Graeme Pulleyn (Portugal) e de Márcio Meirelles (Brasil), o espetáculo se projeta através das memórias de duas personagens viúvas que perderam seus companheiros, precocemente na extração de minérios. Entrecruzando vídeo, música e testemunhos das comunidades afetadas, “A Baba do Lobo” convida o público a refletir sobre um futuro mais justo e mais sustentável.

O texto colagem de Pulleyn e Meirelles, foi escrito a partir dos textos base “A Idade dos Metais”, da dramaturga brasileira Mônica Santana, e “Os Filhos de Quarta Feira” do escritor português Sandro William Junqueira, criados em residência em Viseu/Portugal, a partir de pesquisas e testemunhos de sobreviventes das minas do volfrâmio, recolhidos nos municípios do distrito de Viseu.

“A Baba do Lobo” é uma cocriação entre a CEM Palcos e o Teatro Vila Velha e conta com o financiamento da Direção Geral das Artes (Ministério da Cultura PT) e do Município de Viseu, através do programa Eixo Cultura. É também uma coprodução com os municípios de Moimenta da Beira, Sátão, São Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva e Vouzela. E faz parte do projeto “O Vila Ocupa o MAB”.

O Teatro Vila Velha é mantido com recursos do Fundo de Cultura da Bahia, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através do Edital de Apoio a Ações Continuadas de Instituições Culturais.

Para ficar atualizado e bem informado sobre todos os eventos e projetos, acesse o instagram teatrovilvelha e o site teatrovilavelha.com.br e acompanhe as novidades da programação.

Foto: Ananda Brasileiro Ikishima 

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