Restaurante do Solar do unhão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por: Carlos Casaes

 

Nos bons idos, quando o turismo da Bahia teve liderança que fez escola em todo o pais, um dos pontos mais destacados de visitação dos turistas foi, sem a menor dúvida, o “Restaurante do Solar do Unhão”. À época, praticamente, o único local em que reinava a culinária típica baiana,” Eleito e empossado na condição de Governador do Estado o atual Senador Jaques Vagner, um dos seus primeiros atos foi nomear seu Secretário da Cultura o dono do Teatro Vila Velha, MARCOS MEIRELES.

Por sua vez, o então Secretário achou por bem trazer de São Paulo – se a memória não me está traindo – uma Senhora para dirigir o Museu de Arte Moderna, que fica instalado precisamente no centenário conjunto ao longo da Avenida Contorno.

A aludida Senhora, não sei onde inspirada, da mesma sorte, logo que assumiu, cuidou de cerrar as portas do prestigiado Restaurante. Precisamente o ponto turístico mais visitado da cidade, considerando-se tanto o seu conjunto arquitetônico maravilhoso como a particularidade de abrigar o único restaurante permanente de culinária típica baiana e se encontrar instalado num dos locais mais belos da cidade.

Ninguém entendeu, à época, as razões pelas quais, a Diretora do Museu, apoiada pelo Secretário, decidiu cometer contra o turismo de Salvador tamanha aleivosia. O mais estranho que surpreendeu a toda a comunidade, foi ter anunciado que iria substituir aquela condição de promoção da culinária típica da Bahia por um estabelecimento especializado em culinária “mediterrânea!!!.

Nenhuma justificativa a população soteropolitana recebeu para tão estranha e absurda atitude. Aliás, é de se perceber que um dos pontos mais destacados, se existiu mais de um, da nova administração da cultura da “boa terra” foi atentar contra os valores culturais, tantos quantos sedimentados até pelo “correr” dos séculos.

Tanto assim que uma das atitudes, inclusive, foi praticamente tentar destruir uma das iniciativas mais louváveis que ocorreu na administração anterior: a instalação do “Museu Rodin”, único até então fora da França. Sem a menor dúvida, uma das excepcionais conquistas da administração estadual anterior.

Alenta-nos, agora, verificar que alguma luz surge “ao final do túnel”. Pois se anuncia a belíssima reforma que parece ter sido procedida no fantástico e histórico conjunto arquitetônico do Solar do Unhão, inclusive nos 428 m² do restaurante, todo em madeira ipê, bem assim de placas de aço corten, além de vidro transparente, Condição que estará pondo em destaque os trilhos de ferro que foram utilizados para transportar mercadorias, à época em que ali funcionou a fábrica de rapé (do fumo).

Já na parte do píer – de onde se tem uma visão magnífica de toda a baía – ele é todo pré-moldado por concreto que, por sua vez, está revestido por madeira ipê, enquanto o “guarda-corpo” reveste-se de massaranduba. O deck tem nada menos do que 229 m² e é o local onde estarão, na parte externa, os conjuntos de mesas – uma iniciativa inovadora. Junto a esse complexo, está também o atracadouro, da mesma sorte, totalmente recuperado.

Aliás, segundo os responsáveis pela obra, foram 14 meses de esforços na reforma do conjunto, toda promovida – por absurdo que possa parecer – pela própria Secretaria da Cultura, a mesma que fechou o restaurante na administração anterior.

Só se espera que a Cidade do Salvador, cujo turismo constitui um dos mais fortes elementos da sua economia, seja, finalmente, contemplado com o retorno da sua festejada culinária típica praticada naquele estabelecimento comercial.

O Mais “espetacular” é que a atual administração estadual integra o mesmo grupo político do titular antecessor.

 

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