Os indicadores de receitas e gastos turísticos divulgados ontem pelo Banco de Portugal mostram que a época alta começou como de costume em Junho, ainda que em níveis fortemente penalizados pela pandemia de covid-19.
O Banco de Portugal indicou ontem que em Junho os turistas estrangeiros despenderam em Portugal 339,86 milhões de euros, muito menos que em Junho de 2019, em que os seus gastos totalizaram 1.593,48 milhões de euros, mas também 30,5% mais que no mês anterior, Maio, em que os gastos ficaram em 260,45 milhões.
O forte aumento de Maio para Junho evidencia a relevância que a época estival tem para o turismo em Portugal, e até de forma mais forte que em tempos ‘normais’, pois no ano passado os gastos em Junho apenas superaram o montante do mês anterior em 2,2%.
Este quadro também é o que transparece nos gastos dos turistas portugueses em turismo no estrangeiro, que aumentaram 15,5% em Junho relativamente a Maio, quando há um ano o aumento tinha sido em apenas 4,1%.
De acordo com os dados do banco central divulgados ontem, Portugal teve em Junho um saldo positivo da balança das viagens e turismo de 126,71 milhões de euros, que significam uma quebra em 88,4% ou 966,88 milhões em relação ao mês homólogo de 2019.
Esta quebra reflete uma quebra em 1.253,62 milhões nas receitas turísticas, que baixaram 78,7%, parcialmente atenuada por um decréscimo dos gastos de turistas portugueses no estrangeiro em 286,73 milhões (-57,4%, para 213,15 milhões).
*Fonte: PressTur/PT
