Governo Português prepara linha de crédito para apoiar o setor turístico

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital de Portugal, anunciou que o Governo vai continuar a lançar linhas de crédito para apoiar o setor do turismo, admitindo que retoma em curso ainda “vai ser lenta”.

Foto: Unsplash / Omid Armin

Nas próximas semanas será lançada uma nova linha de 150 milhões de euros para reforçar a oferta existente neste momento, anunciou Pedro Siza Vieira, na sessão de abertura da Conferência Mundial do Turismo, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP),

“Nos próximos tempos precisaremos continuar a apoiar as empresas do sector turístico, porque apesar de já estar aí a retoma ela ainda vai ser lenta”, admitiu o ministro.

Neste momento está em curso o programa Retomar para ajudar as empresas nas “discussões que estão a ter com os seus bancos no sentido de assegurarem o ajustamento dos seus créditos sobre moratórias às condições operacionais que podem antecipar”, enquadrou o governante.

Este programa vai ser reforçado com 150 milhões de euros “quer no Turismo de Portugal quer no sistema bancário para pequenas e médias empresas”, adiantou o governante aos jornalistas, segundo a agência Lusa.

Pedro Siza Vieira anunciou ainda o lançamento do programa Adaptar para atribuir incentivos a empresas do setor para fazerem investimentos para adequar a sua oferta às novas condições de operação.

Para o início do ano, está previsto o lançamento do programa Reforçar, que se destina a empresas que pretendam começar a reduzir o seu endividamento ao abrigo das linhas covid-19.

“Permitiremos que as empresas dos sectores mais afectados possam ter acesso a um incentivo a fundo perdido, desde que coloquem montantes do mesmo valor para amortizarem o seu endividamento atual”, frisou o governante.

O ministro garantiu ainda que o Governo vai manter nos próximos meses o regime de apoio à retoma progressiva, que apoia os sectores mais afectados com o pagamento de parte dos salários dos trabalhadores quando as empresas não tenham capacidade de os fazer plenamente.

“É uma medida de proteção ao emprego que, ao mesmo tempo, constitui também um alívio à tesouraria das empresas durante estes tempos de alguma incerteza”.

Também na sessão de abertura, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, realçou que o motor do sector “está momentaneamente gripado, sofreu muitos danos”, mas acredita que será possível recuperá-lo.

Para isso, reafirmou, será necessário um “apoio muito claro do Governo”, considerando que é fundamental que os programas de apoio aprovados e anunciados para o turismo cheguem “rapidamente às empresas”. Fonte: Prestar.pt

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