Portugal deverá registrar redução de 9% na pegada carbono zero por passageiro

Por Victor Jorge

 

Um estudo recente da Mabrian concluiu que Portugal, juntamente com a Itália, está entre os países mediterrânicos que melhor gere a redução da pegada carbónica por passageiro.

A análise revela que enquanto Itália se posiciona com uma redução de 1,8%, Portugal destaca-se com um valor de 9% de baixa da pegada carbónica por passageiro.

Está valor está muito acima de destinos como a Espanha, país que tem a mais alta taxa de emissão de carbono, justificando a Mabrian este resultado com o facto de o país ser aquele que mais turistas receberá mais turistas, embora a consultora saliente que a média da pegada carbónica por visitante é mais baixa do que aquela registada em França e Portugal.

Já a Grécia é o país que melhor eficiência demonstra na média CO2 por passageiro durante 2022, com 97,72 kg/passageiro, 14% abaixo da média dos restantes destinos mediterrânicos. Isto, apesar de ser o único destino que irá aumentar o total de emissões em 2022, muito devido ao maior número de visitantes que deverá receber: o total de toneladas emitidas de CO2 deverá aumentar 4,6%.

França, por sua vez, é o único país, dos analisados, que irá registar uma evolução das emissões por passageiro durante o ano de 2022, comprado com 2019, adiantando a Mabrian que esse valor rondará os 3%. Contudo, França apresenta a segunda maior redução do total de emissões, menos24%, somente atrás da Itália, cuja baixa é de 28% face a 2019.

Para esta análise, o indicador analisou a pegada de carbono que será gerada pela chegada de visitantes por via aérea aos cinco destinos turísticos de férias mais importantes da Europa (Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia) entre janeiro e outubro 2022 –, comparado com o mesmo período de 2019. Para esse cálculo, a Mabrian utilizou como critério o volume de chegadas programadas de lugares neste período para todos os aeroportos de destino destes países, calculando as emissões com estimativa de lugares ocupados e a pegada de carbono gerada pelos voos em função das rotas e do tipo de aeronave.

No total, os destinos estudados emitirão entre janeiro e outubro deste ano 46,5 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera devido à conectividade aérea, representando uma redução de 19% em relação ao mesmo período de 2019.

No entanto, a redução de lugares para esses destinos entre janeiro e outubro é de apenas 7,23% em relação a 2019 – o que mostra uma melhora na eficiência de CO2.

Já a pegada média de carbono por passageiro é reduzida em 5% em relação a 2019, passando de uma média de 120 kg/passageiro para 114 kg/passageiro.

A redução das viagens intercontinentais e a renovação das frotas com modelos mais eficientes em termos de combustível pelas companhias aéreas estão a favorecer esta evolução positiva.

Carlos Cendra, diretor de Marketing e Vendas da Mabrian Technologies, afirma que “este indicador é uma ótima ferramenta para medir o impacto ambiental da chegada de visitantes a um destino por via aérea e permitirá que os gestores de destinos atuem em colaboração com as companhias aéreas. A dependência de mercados remotos, os níveis de ocupação dos voos e o tipo de aeronaves oferecidas pelas companhias são aspetos relevantes a ter em conta para reduzir o impacto da pegada de carbono de um destino.”

*Fonte: Publituris/pt

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